Brasil, 2 de abril de 2025
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Governo Lula descarta medidas excepcionais para a economia, diz ministro

Ministro da Casa Civil afirmou que crescimento virá de contratos já firmados e reforçou compromisso fiscal.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que não será editada nenhuma “medida excepcional” para impulsionar a atividade econômica do país. Costa destacou que o crescimento econômico virá exclusivamente dos investimentos já contratados em infraestrutura, como em ferrovias, portos e aeroportos, desconsiderando qualquer ação pontual para reaquecer a economia.

A economia vai crescer com contratos longevos

Em entrevista realizada durante o CEO Conference Brasil 2025, evento promovido pelo banco BTG Pactual, Rui Costa deixou claro que o governo não teme a estagnação econômica. “A economia vai crescer pelo que está contratado”, afirmou ele, explicando que as obras e investimentos não serão interrompidos. “Quem está fazendo investimento em ferrovia não vai parar, porque está contratado no longo prazo”, completou.

O ministro foi questionado sobre a proposta de criação do crédito consignado para trabalhadores do setor privado, sugerindo que tal medida poderia ser vista como um esforço do governo para acelerar a economia. Contudo, ele reiterou que essa ação, embora relevante, é de natureza estrutural e voltada para o longo prazo.

“Essa medida traz segurança jurídica ao banco, melhora as garantias e a performance do empréstimo”, enfatizou Costa.

Medidas estruturais e compromisso fiscal

Segundo Rui Costa, o novo modelo de crédito consignado permitirá que indivíduos “troquem uma dívida cara por uma dívida mais barata”, o que, a longo prazo, tem potencial para beneficiar a economia brasileira. “Estamos comprometidos com a responsabilidade fiscal e, assim, esperamos ver a economia ajustando-se nos próximos meses, com tendências como a redução do dólar”, afirmou durante a coletiva.

Esse comprometimento com a responsabilidade fiscal é um aspecto crucial da administração de Lula, que busca garantir a estabilidade econômica enquanto promove medidas que favoreçam camadas mais amplas da população.

Comunicação e impacto na popularidade de Lula

Rui Costa também comentou sobre a recente queda na popularidade do presidente Lula, que vem sendo captada em várias pesquisas de opinião. Segundo o ministro, isso se deve a uma combinação de falhas na comunicação do governo e à propagação de notícias falsas nas redes sociais. “Acho importante afirmar que, quem governa com serenidade, nem salta de alegria quando os números estão bons, nem se entrega ao desespero quando estão ruins. É preciso agir para corrigir a rota”, disse Costa.

Ele indicou que o governo irá intensificar seus esforços de comunicação para melhorar a percepção pública em relação às ações e conquistas.

“Estamos melhorando a comunicação porque algumas pesquisas mostraram que existe um ‘deserto de percepção’ em relação ao que temos feito”, destacou.

Entre as ações a serem implementadas, Costa acredita que o impacto benéfico de uma super safra pode não apenas reduzir os preços dos alimentos, mas também ajudar a restaurar a imagem do governo diante da população.

“Estamos confiantes de que com a entrada da super safra e uma melhor comunicação, vamos reverter essa tendência até o meio do ano”, comentou.

Expectativas com o marco legal do saneamento ambiental

No evento, o ministro também falou sobre a perspectiva do governo para que o Congresso aprove o marco legal sobre saneamento ambiental ainda neste ano. Este marco visa facilitar e agilizar processos sem comprometer a preservação ambiental. “Estamos discutindo com os senadores e esperamos concluir a votação deste arranjo no Congresso”, disse.

O fortalecimento da estrutura legais é visto como uma forma de garantir investimentos seguros e sustentáveis, promovendo um desenvolvimento econômico alinhado às necessidades sociais e ambientais do país.

O governo Lula aposta na continuidade dos investimentos já firmados, em vez de implementar medidas pontuais, como forma de garantir um crescimento econômico sustentável e responsável.

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