Brasil, 18 de março de 2025
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Mesmo internado, Papa Francisco segue trabalhando: “Ele sabe que tem uma missão”, diz cardeal

Mesmo internado com pneumonia, Papa Francisco mantém reuniões e aprova decisões. "Ele sabe que tem uma missão e nada o impede", diz cardeal.
Fachada do Hospital Gemelli, onde o papa está internado. Foto: Vaticano.

O quarto do Papa Francisco no Hospital Gemelli, em Roma, não se parece com o de um paciente comum. Ali, onde repousa há 12 dias devido a uma pneumonia dupla, a rotina de Francisco está longe de ser de repouso absoluto. Enquanto médicos monitoram sua saúde de perto, o líder da Igreja Católica mantém-se ativo, participando de reuniões e tomando decisões importantes.

No hospital, mas ainda no comando

Mesmo debilitado pela infecção pulmonar, o pontífice de 88 anos se recusou a interromper completamente suas atividades. Nesta segunda-feira (26), ele recebeu seu braço direito no Vaticano, o Cardeal Pietro Parolin, para discutir processos de canonização e outras pendências da Igreja. A reunião, realizada dentro do hospital, demonstra o que muitos já sabem: o Papa Francisco não para.

Um líder que não descansa

Aos olhos dos médicos, Francisco ainda inspira cuidados. O Vaticano já confirmou que sua condição é crítica, mas apresentou sinais de leve melhora nos últimos dias. Ele está se alimentando bem, se movimentando no quarto e seguindo com seu tratamento, mas a infecção é descrita como “complexa”, causada por múltiplos microorganismos.

Os fiéis acompanham cada boletim médico com apreensão. Mas quem conhece Francisco sabe que ele não aceitou o papado para se poupar. O Cardeal hondurenho Oscar Rodriguez Maradiaga, amigo próximo do Papa, reforçou essa ideia em entrevista ao jornal italiano La Repubblica:

“Ele sabe que tem uma missão a cumprir, e nada o impede. O Papa explicou que não aceitou sua eleição para descansar.”

Essa é a essência do pontificado de Francisco. Desde que assumiu a liderança da Igreja, em 2013, ele se tornou um Papa de ação, priorizando os mais pobres, enfrentando crises dentro da própria instituição e levando sua mensagem para além dos muros do Vaticano.

As decisões que não podem esperar

Mesmo hospitalizado, a máquina do Vaticano segue funcionando sob seu comando. Além das discussões sobre futuros santos da Igreja, novas nomeações foram aprovadas durante sua internação, um claro sinal de que Francisco não pretende deixar decisões importantes para depois.

A única pausa real que o Papa fez foi nas suas aparições públicas. Desde o início de fevereiro, quando comentou estar com um forte resfriado, sua voz foi ficando mais fraca. Ele parou de ler discursos pessoalmente, mas seguiu realizando encontros e até celebrando missas ao ar livre, mesmo com o frio europeu.

Esse ritmo intenso pode ter agravado sua condição, levando muitos a se perguntarem: será que o Papa deveria ter se poupado mais?

Orações e esperança

Enquanto isso, do lado de fora do hospital, milhares de fiéis se reúnem diariamente em oração. Na Praça de São Pedro, velas acesas e preces são dedicadas ao pontífice. Para muitos, a Igreja precisa dele agora mais do que nunca.

O Vaticano prometeu divulgar um novo boletim médico às 19h (horário de Roma), e a expectativa é que Francisco continue melhorando. Mas, independentemente da evolução do seu quadro, uma coisa é certa: o Papa segue governando, mesmo de um leito hospitalar.

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