Brasil, 24 de fevereiro de 2025
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Líderes estrangeiros reforçam apoio à Ucrânia no 3º aniversário da invasão russa

Europa teme reviravolta dos EUA, enquanto Trump negocia com Putin sem incluir Kiev.
Durante a cúpula, Ursula von der Leyen anunciou uma nova ajuda de 3,5 bilhões de euros (R$ 20,8 bilhões) para Kiev. Foto: @ZelenskyyUa-Fotos Públicas

No terceiro aniversário da invasão russa à Ucrânia, líderes estrangeiros reuniram-se em Kiev nesta segunda-feira (24) para demonstrar solidariedade ao país e reafirmar apoio à sua soberania. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, reforçou a necessidade de uma “paz real e duradoura”, enquanto a Rússia declarou que só encerrará as hostilidades quando um acordo for “conveniente” para Moscou.

Entre os presentes estavam a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez. Durante a cúpula, von der Leyen anunciou uma nova ajuda de 3,5 bilhões de euros (R$ 20,8 bilhões) para Kiev e alertou que o objetivo do presidente russo, Vladimir Putin, segue sendo a “capitulação da Ucrânia”.

Mudança na postura dos EUA aumenta incertezas

Enquanto os aliados europeus reforçam seu apoio a Kiev, a ausência dos Estados Unidos na cúpula chamou a atenção. O presidente americano, Donald Trump, surpreendeu ao iniciar negociações com a Rússia sem consultar a Ucrânia ou países europeus. Além disso, Trump tem responsabilizado Kiev pelo início do conflito e propôs recuperar os bilhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia por meio do acesso a seus recursos minerais.

A mudança na postura americana gerou preocupação entre os ucranianos, que temem uma pressão para concessões territoriais em troca de um cessar-fogo. Segundo fontes do governo de Zelensky, Kiev está nas “fases finais” para fechar um acordo com Washington, mas ainda não há detalhes sobre as condições.

Macron viaja a Washington para se encontrar com Trump

Diante da nova postura americana, o presidente francês, Emmanuel Macron, viajou a Washington para se encontrar com Trump e apresentar “propostas de ação” para garantir a segurança da Europa. Macron tenta persuadir Trump a incluir os europeus nas negociações com Putin e manter o compromisso histórico dos EUA com a Ucrânia.

Antes de embarcar, Macron alertou que a Rússia continua se armando e representa uma “ameaça existencial” para a Europa. Seu objetivo é garantir que eventuais acordos de paz respeitem a soberania ucraniana e os interesses europeus.

Moscou celebra aproximação com Washington

O Kremlin demonstrou satisfação com a postura americana. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou que a guerra só terminará quando um acordo for favorável à Rússia, enquanto o porta-voz Dmitri Peskov acusou os europeus de estarem determinados a continuar com o conflito.

A China, por sua vez, reforçou seu apoio diplomático a Moscou. Durante uma conversa telefônica, Xi Jinping e Putin discutiram os “esforços positivos” da Rússia para pacificar a crise, segundo a imprensa estatal chinesa.

Ataques e tensão crescente

Apesar dos esforços diplomáticos, os combates continuam. Um ataque de drones ucranianos atingiu a refinaria de petróleo de Ryazan, uma das maiores da Rússia, ao sul de Moscou. Na França, o consulado russo em Marselha foi alvo de três projéteis, gerando uma explosão, mas sem vítimas.

A situação segue tensa, com os europeus buscando manter a pressão sobre a Rússia, enquanto Trump, ao negociar diretamente com Putin, gera incertezas sobre o futuro do conflito.

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