O Ranking da Atuação Socioambiental de Instituições Financeiras (Rasa) apontou que apenas três de 12 bancos avaliados tiveram pontuação superior a 30 pontos em uma escala de 0 a 100. O estudo mede o desempenho socioambiental e climático das instituições em crédito, seguros e investimentos.
Os três melhores colocados foram:
1️⃣ Rabobank – 36,43 pontos
2️⃣ BTG Pactual – 35,42 pontos
3️⃣ Sicredi – 31,58 pontos
Outros bancos como Itaú (26,91), Banco do Brasil (24,06) e Bradesco (23,28) aparecem com pontuações abaixo de 30. Na última posição, o Banco da Amazônia (Basa) obteve apenas 8,04 pontos.
Sustentabilidade ainda é pouco relevante para bancos
Segundo Luciane Moessa, diretora da Associação Soluções Inclusivas Sustentáveis (SIS), as pontuações seguem baixas porque:
✔️ Poucas transações são avaliadas com critérios socioambientais.
✔️ Análises dos bancos sobre impacto ambiental e social são superficiais.
✔️ Falta de transparência impede a verificação dos dados.
A metodologia do Rasa classifica as instituições de acordo com:
📌 Gestão de riscos e composição dos portfólios.
📌 Impacto socioambiental dos produtos financeiros.
📌 Política ASG (ambiental, social e de governança) baseada em normas internacionais.
Brasil pode se tornar referência em finanças sustentáveis
Para Marcos Woortmann, do Instituto Democracia e Sustentabilidade, o Brasil tem uma oportunidade global de atrair investimentos se fortalecer suas práticas ASG, principalmente porque instituições financeiras dos EUA recuaram em compromissos ambientais.
Já Giovanna Valentim, da Conectas Direitos Humanos, destacou que os bancos precisam garantir respeito aos direitos indígenas e minimizar impactos negativos dos projetos que financiam.
A próxima edição do Rasa pode revelar se os bancos brasileiros avançam na adoção de práticas sustentáveis ou mantêm o baixo comprometimento com o meio ambiente e os direitos humanos.
