O Banco do Brasil (BB) alcançou um lucro líquido ajustado recorde de R$ 37,9 bilhões em 2024, registrando um crescimento de 6,6% em relação a 2023. Apenas no quarto trimestre, o lucro somou R$ 9,6 bilhões, alta de 1,5% na comparação anual. O desempenho foi impulsionado pelo aumento da margem financeira, crescimento das receitas com serviços e controle de despesas administrativas, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (19).
Expansão da carteira de crédito
A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil encerrou o ano com um saldo de R$ 1,3 trilhão, registrando um crescimento de 15,3% em relação a 2023. Entre os segmentos que mais contribuíram para essa expansão estão:
- Pessoas físicas: crescimento de 7,3%, totalizando R$ 336 bilhões, impulsionado pelo crédito consignado (+9,8%).
- Empresas: alta de 18%, alcançando R$ 461,1 bilhões.
- Agronegócio: saldo de R$ 397,7 bilhões, reforçando a liderança do BB no setor.
A carteira de negócios sustentáveis também apresentou crescimento significativo, atingindo R$ 386,7 bilhões, representando 30% do crédito total do banco.
Inadimplência do Banco do Brasil
O índice de inadimplência do BB subiu para 3,32% em dezembro de 2024, frente aos 2,92% registrados no fim de 2023. O aumento foi atribuído principalmente ao setor do agronegócio, impactado por desastres climáticos. Para lidar com esse cenário, o banco elevou em 16,9% as provisões para créditos de liquidação duvidosa.
Receitas, despesas e projeções para 2025
As receitas com prestação de serviços cresceram 4,9%, totalizando R$ 35,5 bilhões, com destaque para os setores de consórcios (+17,4%) e administração de fundos (+11,6%). Já as despesas administrativas subiram 4,4%, totalizando R$ 37 bilhões, um crescimento abaixo da inflação.
Para 2025, o Banco do Brasil projeta um lucro líquido ajustado entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões, além de uma expansão de 5,5% a 9,5% na carteira de crédito.