O Brasil voltará a importar energia elétrica da Venezuela para suprir a demanda de Roraima, único estado do país fora do Sistema Interligado Nacional (SIN). A medida, autorizada nesta terça-feira (18) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), busca reduzir custos e aliviar a dependência de usinas termelétricas, que atualmente abastecem a região.
A comercializadora Bolt Energy será responsável pelo processo de importação, com um custo de R$ 1.096,11 por megawatt-hora (MWh) entre janeiro e abril de 2025. Para comparação, o custo médio da energia gerada por hidrelétricas no Brasil gira em torno de R$ 300 por MWh.
Energia venezuelana é alternativa às termelétricas
- Reembolso de R$ 41,2 milhões – A Bolt Energy será compensada pelo governo por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que é custeada pelos demais consumidores do país.
- Termelétricas a diesel – Desde a interrupção do fornecimento venezuelano, em 2019, Roraima passou a depender exclusivamente de usinas termelétricas movidas a diesel, operadas pela Roraima Energia.
- Testes e falhas – A importação foi retomada no último sábado (15) com testes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), mas foi interrompida no dia seguinte devido a uma falha na linha de transmissão entre os dois países, que provocou um apagão em Roraima. A carga já foi restabelecida.
O governo avalia que a energia importada será mais econômica do que a contratação de termelétricas, mas a estabilidade do fornecimento ainda é um desafio.