Brasil, 19 de fevereiro de 2025
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🥚 Alta do preço do ovo no atacado pode chegar ao consumidor

O preço do ovo no atacado bateu recordes 2025, com alta de até 40,8% em relação ao mesmo período de 2024.
Alto do preços dos ovos no atacado pode chegar ao consumidor. Foto: Diário do Povo.

São Paulo – A alta do preço do ovo no atacado atingiu um patamar recorde, registrando aumentos de até 40,8% em relação a fevereiro de 2024. O impacto já começa a ser sentido no varejo, pressionando o orçamento dos consumidores. A escalada dos preços é impulsionada por uma combinação de demanda sazonal, custos de produção elevados e mudanças regulatórias, o que acende o alerta para os próximos meses.

📊 Recorde no preço do ovo

📈 Preço no atacado bate recorde e preocupa o varejo

O preço dos ovos no atacado atingiu o maior valor desde 2013 em termos nominais. Os aumentos mais expressivos foram registrados em regiões-chave da produção e consumo, como:

  • Santa Maria de Jetibá (ES): Maior produtora do Brasil, também registrou valores recordes.
  • Grande São Paulo: O ovo branco subiu 18% (de R$ 172,49 para R$ 203,57), enquanto o vermelho aumentou 14,7% (de R$ 200,25 para R$ 229,78).
  • Grande Belo Horizonte: Alta de 21,9% para o ovo branco e 16,2% para o ovo vermelho.

No varejo, a expectativa é que essa alta seja repassada gradualmente aos consumidores, com impacto direto no custo da alimentação básica.

🔍 O que está por trás da alta do preço do ovo?

Diversos fatores explicam o aumento expressivo no preço dos ovos:

🥚 1. Demanda sazonal

O período da Quaresma (5 de março a 17 de abril) tradicionalmente eleva o consumo de ovos, pois muitas famílias reduzem o consumo de carne vermelha, migrando para essa proteína mais acessível.

🥩 2. Substituição de proteínas

Com a carne bovina registrando aumentos de 20% a 25% em 2024, os ovos se tornam uma alternativa mais barata, intensificando a demanda.

🌾 3. Custos de produção

Os preços da ração animal subiram significativamente, pressionando os produtores. Além disso, a Portaria nº 1.179 do Ministério da Agricultura reduziu o peso médio dos ovos em 10g, impactando a relação custo-benefício para o consumidor.

🏭 4. Oferta restrita

A produção sazonal de ovos reduz entre dezembro e fevereiro, só se recuperando em março, o que limita a oferta e sustenta os preços elevados.

🏪 Impactos no varejo e nos consumidores

A alta no atacado deve afetar o consumidor final nos próximos meses, especialmente em grandes redes de supermercados.

  • Os preços do ovo no varejo registraram queda de 4,53% nos últimos 12 meses até dezembro de 2024, mas essa redução pode ser revertida devido à recente escalada dos preços no atacado.
  • Em Cidade Ocidental (GO), a bandeja de 20 ovos saltou de R$ 14,99 para R$ 20,99, impactando diretamente o poder de compra da população.
  • O varejo está preocupado com o abastecimento na Quaresma e possíveis reajustes adicionais.

🌎 Preços disparam nos EUA

Nos Estados Unidos, os preços dos ovos dispararam 15% em um mês devido a surtos de gripe aviária, resultando em prateleiras vazias e preços de até US$ 8,97 por dúzia na Califórnia.

O aumento da procura global por ovos levou a um crescimento das exportações brasileiras, principalmente para o Oriente Médio e a África. Apesar disso, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirma que não há risco de desabastecimento interno.

📉 O que esperar nos próximos meses?

As projeções indicam que os preços continuarão pressionados até a Quaresma.

  • Em São Paulo, a expectativa é de uma leve alta de 0,66% para ovos brancos e 0,38% para ovos vermelhos até abril.
  • O impacto no varejo dependerá da capacidade de repasse dos supermercados e do possível aumento no consumo de proteínas alternativas, como o frango.
  • A inflação dos alimentos em 2025 pode alcançar 7,25% (Warren Investimentos) e 5,5% (LCA), acima do IPCA geral.

⚠️ Implicações econômicas e sociais

A alta dos ovos tem reflexos diretos na inflação dos alimentos, que representam 15,4% do IPCA. Restaurantes, bares e padarias também podem repassar os aumentos ao consumidor final.

Os mais afetados são os brasileiros de baixa renda, que destinam uma parcela maior de seus rendimentos à alimentação básica.

O governo ainda não se posicionou oficialmente sobre a crise. Enquanto isso:

  • O Ministério da Agricultura não comentou as críticas sobre a portaria que reduziu o peso dos ovos.
  • O presidente Lula alertou contra reajustes abusivos após o aumento do salário mínimo, buscando evitar uma corrosão imediata do poder de compra da população.

No cenário internacional, a crise nos EUA impulsiona as exportações brasileiras, mas ainda sem risco imediato de escassez interna. A solução passa por um equilíbrio entre oferta, políticas agrícolas e controle inflacionário, garantindo que o impacto social seja minimizado.

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