A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em conjunto com seu conselheiro Elon Musk, intensificou a campanha para reduzir a burocracia federal, promovendo uma ampla reestruturação do funcionalismo público.
Nas últimas semanas, cerca de 10 mil servidores federais foram desligados, abrangendo órgãos estratégicos que vão desde a supervisão do arsenal nuclear até a gestão de parques nacionais e serviços de saúde pública.
🔎 Departamentos dos EUA afetados pelos cortes
Os cortes atingiram diversas agências governamentais e departamentos federais, com impacto significativo em áreas críticas da administração pública.
📌 Departamento de Energia: Entre 1.200 e 2.000 funcionários foram demitidos, incluindo centenas do setor que supervisiona o estoque nuclear.
📌 Departamento do Interior: 2.300 funcionários foram desligados, afetando a gestão de parques nacionais e concessões de petróleo e gás.
📌 Agência de Proteção Ambiental: 388 servidores foram dispensados.
📌 Departamento de Agricultura: Número de demissões ainda não divulgado.
📌 Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC): Perderão quase 1.300 trabalhadores, o equivalente a 10% da equipe total.
📌 Escritório de Proteção Financeira ao Consumidor: Cortes atingiram trabalhadores além dos que estão em período probatório, afetando também contratos de prazo fixo.
Além desses órgãos, as demissões se estendem a setores como Assuntos de Veteranos, Educação e Administração de Pequenas Empresas, com expectativas de novos cortes em embaixadas americanas no exterior.
📉 A estratégia da administração Trump
O Escritório de Gestão de Pessoal, responsável pelas contratações federais, orientou as agências a priorizarem a demissão de servidores em período probatório, facilitando os cortes de pessoal.
De acordo com dados do governo, aproximadamente 280 mil dos 2,3 milhões de funcionários civis federais foram contratados nos últimos dois anos, muitos ainda em período de avaliação, o que agiliza as demissões.
Para Trump, a iniciativa visa reduzir a máquina pública, eliminar desperdícios e combater fraudes, argumentando que o governo federal está superdimensionado.
📢 “O tamanho do Estado é insustentável e a burocracia precisa ser reduzida para garantir um governo mais eficiente”, defendeu Trump em declarações recentes.
O presidente justifica as medidas mencionando o déficit fiscal do governo, que em 2024 atingiu US$ 1,8 trilhão (R$ 10,2 trilhões), e a dívida nacional, que ultrapassa US$ 36 trilhões (R$ 205 trilhões).
⚖️ Reações no Congresso e no setor público
As demissões geraram forte debate entre republicanos e democratas no Congresso.
📌 Republicanos apoiam amplamente os cortes, argumentando que a reforma é necessária para reduzir o tamanho do governo e melhorar a eficiência dos serviços públicos.
📌 Democratas, por outro lado, afirmam que Trump está invadindo a autoridade constitucional do Legislativo sobre os gastos federais e alertam para o impacto negativo dos cortes em setores estratégicos.
Nos bastidores, há consenso sobre a necessidade de reformas administrativas, mas discordância sobre a abrupta execução das medidas, especialmente em áreas como segurança nacional, meio ambiente e saúde pública.
O que esperar nos próximos meses?
Especialistas indicam que os cortes devem continuar, atingindo outros órgãos do governo, especialmente aqueles que lidam com regulações e políticas ambientais, programas sociais e fiscalização financeira.
A reestruturação promovida pela administração Trump representa um dos maiores enxugamentos da máquina pública na história recente dos EUA, e seus efeitos serão analisados tanto no impacto fiscal quanto na prestação de serviços essenciais para a população.