Teresina, 13 de fevereiro de 2025
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Trump anuncia novas tarifas recíprocas e eleva tensões comerciais globais

Brasil está entre os países que podem ser afetados por medidas protecionistas dos EUA
Sob presidência de Donald Trum, EUA mexe o tabuleiro do comércio internacional. Foto: Diário do Povo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anuncia nesta quinta-feira (13/2) um novo conjunto de tarifas recíprocas sobre importações estrangeiras. A medida visa impor taxas equivalentes às aplicadas por outros países sobre produtos americanos, reforçando sua estratégia de equilíbrio comercial. O anúncio ocorre poucos dias após a imposição de uma tarifa global de 25% sobre importações de aço e alumínio, que já gerou reações entre parceiros comerciais dos EUA.

A nova rodada de tarifas, que será detalhada durante uma cerimônia de assinatura às 13h (horário de Washington), antes de uma reunião com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, tem potencial para ampliar disputas comerciais internacionais. No entanto, Trump ainda não especificou quais produtos ou países serão mais afetados.

O que são as tarifas recíprocas?

A política de tarifas recíprocas anunciada por Trump segue uma lógica direta: se um país impõe tarifas elevadas sobre exportações dos EUA, Washington adotará taxas equivalentes sobre produtos desse mesmo país.

“Se eles nos cobrarem, nós cobraremos deles”, declarou Trump em sua rede social Truth Social, reafirmando seu compromisso de corrigir desequilíbrios comerciais. A estratégia já havia sido aplicada em seu primeiro mandato (2017-2021) e marca uma ruptura com a tradicional política de livre comércio dos Estados Unidos.

Impacto econômico e reações internacionais

A decisão de Trump é vista como um novo capítulo do protecionismo comercial, o que pode ter efeitos tanto positivos quanto negativos:

Para os EUA: O governo argumenta que a medida protegerá empregos e indústrias locais, fortalecendo a economia nacional e reduzindo o déficit comercial.

Para os consumidores americanos: Economistas alertam que as tarifas podem gerar alta de preços, já que empresas tendem a repassar os custos adicionais ao consumidor final. Além disso, setores que dependem de insumos importados podem sofrer impacto negativo.

Para o comércio global: Países afetados pela medida já indicaram que poderão adotar tarifas retaliatórias, aumentando as tensões comerciais. Canadá e México, por exemplo, afirmaram que estão analisando possíveis respostas.

Brasil pode ser afetado pelas novas tarifas

O Brasil, que possui uma tarifa média de importação de 12,38% – mais alta do que a média americana –, pode ser um dos países impactados pela política de Trump. Em especial, o setor siderúrgico brasileiro pode sofrer perdas de até US$ 700 milhões em exportações para os EUA devido à recente tarifa de 25% sobre aço e alumínio.

Com isso, o Brasil precisará buscar mercados alternativos para seus produtos siderúrgicos ou negociar concessões com os EUA para minimizar os efeitos da nova política.

Comparação de tarifas entre países

Os EUA sempre mantiveram tarifas de importação mais baixas do que muitos de seus parceiros comerciais. A título de comparação, a média das tarifas americanas antes das novas medidas era de 1,61%, enquanto outros países apresentam índices bem superiores:

🔹 Brasil: 12,38%
🔹 México: 4,36%
🔹 China: 3,54%
🔹 Canadá: 0,85%
🔹 Bermuda: 29,5% (uma das mais altas do mundo)

Com a aplicação das novas tarifas, os EUA passam a se distanciar da tendência de livre comércio, alinhando-se a países que adotam políticas protecionistas mais rígidas.

Polícia econômica dos EUA pode gerar novos embates comerciais

A implementação das tarifas recíprocas pode gerar novos embates comerciais entre os EUA e grandes economias globais. Além de possíveis retaliações, países como China, Índia e Brasil podem recorrer a organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), para contestar as medidas.

Se a política de Trump levar a um efeito cascata de retaliações, os impactos na economia global podem ser significativos, incluindo encarecimento de produtos, redução no crescimento do comércio e volatilidade nos mercados financeiros.

Enquanto o governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o impacto das tarifas, especialistas recomendam que o país adote uma estratégia de diversificação de mercados e negociações bilaterais para reduzir a dependência do comércio com os EUA.

A assinatura oficial das novas tarifas está marcada para hoje à tarde, e o mundo acompanha de perto os desdobramentos dessa nova ofensiva da Casa Branca no cenário comercial internacional.

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