Brasil, 22 de fevereiro de 2025
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Setor de biocombustíveis dos EUA agradece a Trump por buscar reciprocidade no comércio de etanol com o Brasil

Associação de Combustíveis Renováveis elogia postura do presidente americano contra tarifas brasileiras
Produção de biocombustível. Foto: Diário do Povo

A Associação de Combustíveis Renováveis (RFA), principal entidade do setor de etanol nos Estados Unidos, agradeceu publicamente ao presidente Donald Trump por seu compromisso em restabelecer uma relação justa e recíproca no comércio de etanol com o Brasil. A entidade celebrou a decisão da Casa Branca de adotar medidas contra as barreiras tarifárias impostas pelo Brasil desde 2017, que prejudicaram a exportação do combustível americano.

Tarifas brasileiras limitaram exportações dos EUA, diz RFA

O setor de biocombustíveis americano tem sido um dos mais afetados pela política protecionista brasileira. Até 2017, o etanol americano entrava no Brasil praticamente sem impostos. No entanto, a partir desse ano, o governo brasileiro implementou cotas tarifárias e aumentou progressivamente os impostos sobre o produto, culminando na atual tarifa de 18%.

Segundo o presidente e CEO da RFA, Geoff Cooper, essas medidas destruíram a competitividade do etanol americano no Brasil, levando a uma queda vertiginosa nas exportações:

📉 2018: Exportação de 489 milhões de galões de etanol para o Brasil, totalizando US$ 761 milhões.
📉 2024: Exportação de apenas 28 milhões de galões, avaliados em US$ 53 milhões.

“Por quase uma década, gastamos tempo e recursos preciosos lutando contra um regime tarifário injusto e injustificado imposto pelo governo brasileiro”, afirmou Cooper.

O líder da associação também criticou o fato de que, enquanto os EUA permitiam a entrada de etanol brasileiro sem restrições, o Brasil erguia barreiras contra o etanol americano.

“O mais irônico é que essas barreiras foram impostas ao etanol dos EUA, enquanto nosso país aceitava e até incentivava as importações de etanol do Brasil.”

Trump avança onde Biden falhou, diz RFA

A RFA destacou que, em 2020, já havia solicitado ao governo Trump que adotasse tarifas recíprocas contra o Brasil para forçar uma renegociação das tarifas. Embora o governo Biden tenha sido pressionado a tomar medidas semelhantes, nenhuma ação concreta foi adotada.

Agora, com o retorno de Trump à presidência, a associação acredita que o setor finalmente verá uma reação firme contra a postura comercial do Brasil.

“Agradecemos ao presidente Trump por tomar essa ação e esperamos que essa tarifa recíproca ajude a incentivar o retorno à relação comercial livre e justa de etanol com o Brasil.”

Medida pode afetar exportadores brasileiros

Caso o governo dos EUA imponha tarifas sobre o etanol brasileiro, a medida pode afetar significativamente os exportadores brasileiros, que dependem do mercado americano. O Brasil, por sua vez, sinalizou que poderia reduzir suas tarifas caso os EUA ofereçam acesso preferencial ao etanol brasileiro para biocombustíveis sustentáveis, como o SAF (Sustainable Aviation Fuel).

Ainda assim, com o forte apoio do setor de biocombustíveis americano, a pressão para que Trump adote medidas retaliatórias deve aumentar, intensificando as tensões comerciais entre os dois países.

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