Brasil, 20 de fevereiro de 2025
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Ministério da Fazenda revisa projeção do PIB para 2,3% em 2025 diante de cenário desafiador

Estimativa anterior era de 2,5%, mas desaceleração econômica e juros elevados pesam na revisão.
Ministro da Fazenda Fernando Haddad. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom /Agência Brasil

O Ministério da Fazenda divulgou nesta quinta-feira (13) uma nova projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, prevendo uma expansão de 2,3%, abaixo da estimativa anterior de 2,5%, divulgada em novembro. Segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE), a revisão foi influenciada principalmente pela elevação dos juros, pelo desaceleramento da economia no quarto trimestre de 2024 e pelo cenário internacional adverso.

De acordo com a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal, a política monetária tem impactado o crescimento e, por isso, a projeção foi ajustada. No entanto, Nadal ressaltou que a melhora na atividade agropecuária deve ajudar a compensar parte dessa desaceleração.

Indústria e serviços devem crescer menos em 2025

A nova projeção da SPE aponta uma desaceleração nos setores da indústria e dos serviços, enquanto a produção agropecuária deve continuar impulsionando a economia.

  • Indústria: crescimento revisado de 2,5% para 2,2%, devido à desaceleração na indústria de transformação e no setor da construção civil. A indústria extrativa, por outro lado, pode ter uma recuperação impulsionada pela entrada em operação de novas plataformas de petróleo.
  • Serviços: previsão reduzida de 2,1% para 1,9%, refletindo a menor geração de empregos e a redução no ritmo de concessões de crédito, impactadas pelos juros elevados.
  • Agropecuária: o setor mantém a projeção de crescimento de 6%, com boas perspectivas para a safra de 2025, dados preliminares positivos sobre o abate de bovinos e melhora nas condições climáticas.

Impacto da política comercial dos EUA ainda é incerto

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, afirmou que ainda é cedo para projetar os impactos da política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no crescimento do Brasil em 2025. Segundo ele, os possíveis efeitos ainda precisam ser analisados com mais detalhes antes de serem incorporados ao cenário macroeconômico.

“Atualmente, podemos avaliar alguns impactos setoriais, mas ainda não há um reflexo claro no crescimento do PIB. Caso seja necessário, faremos ajustes nas projeções à medida que tivermos maior clareza sobre os efeitos das medidas adotadas pelo governo norte-americano”, explicou Mello.

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