Teresina, 13 de fevereiro de 2025
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Uso de stablecoins cresce no Brasil e levanta desafios regulatórios

Pix e Drex são apontados como soluções para controle do mercado cripto
Banco Central avalia uso de stablecoins no Brasil.

São Paulo – Nos últimos anos, o Brasil registrou um aumento expressivo no volume de transações com criptomoedas, com as stablecoins representando cerca de 90% da atividade. Esses ativos digitais, atrelados a moedas fiduciárias como o dólar, estão sendo cada vez mais utilizados para compras cotidianas e transações internacionais, se diferenciando das criptomoedas mais voláteis.

Apesar desse crescimento, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, alertou sobre os desafios regulatórios que acompanham essa adoção acelerada, especialmente no caso das stablecoins, em recente evento no México. A falta de transparência em muitas dessas operações dificulta a fiscalização de tributos e o combate à lavagem de dinheiro, tornando a supervisão financeira mais complexa.

Drex: a resposta do Banco Central?

Para enfrentar esses desafios, Galípolo destacou o Drex, iniciativa do Banco Central frequentemente descrita como uma moeda digital de banco central (CBDC), mas que tem um propósito diferente. O Drex será utilizado para facilitar a concessão de crédito por meio de ativos colateralizados, reduzindo custos de empréstimos e ampliando o acesso ao financiamento garantido.

Com tecnologia de registro distribuído (DLT), o Drex deve agilizar as transações interbancárias no atacado e tornar o mercado de crédito mais eficiente no país.

Pix pode impulsionar transações internacionais

Outro destaque apontado por Galípolo foi o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, que tem se consolidado como um modelo global de eficiência. Ele sugeriu que a programabilidade do Pix poderia permitir sua integração com redes internacionais de pagamentos instantâneos, facilitando transações cross-border e fortalecendo a posição do Brasil como referência em infraestrutura digital financeira.

Banco Central avalia restrição a stablecoins

Enquanto isso, o Banco Central segue avaliando uma medida polêmica: a proibição de saques de stablecoins para carteiras de autocustódia. A proposta ainda está em consulta pública e deve ser analisada até fevereiro de 2025. Caso seja aprovada, poderá impactar a liberdade dos usuários de movimentar ativos digitais sem intermediários, acirrando o debate sobre controle regulatório no setor cripto.

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