Brasil, 18 de março de 2025
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Produção industrial cresce 3,1% em 2024, com avanços em 17 dos 18 estados analisados pelo IBGE

São Paulo (+3,1%) foi a principal influência nacional, enquanto Espírito Santo (-1,6%) foi o único estado com retração.
A produção industrial brasileira fechou 2024 com crescimento de 3,1%, mostrando avanços em 17 dos 18 estados analisados pelo IBGE. Foto: José Paulo Lacerda/CNI

A produção industrial brasileira encerrou 2024 com crescimento de 3,1% em relação a 2023, registrando avanços em 17 dos 18 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor se beneficiou da baixa base de comparação de 2023, além de um ganho de ritmo na atividade industrial ao longo do ano.

Por outro lado, dezembro registrou uma queda de 0,3% em relação a novembro, sendo o terceiro mês consecutivo de recuo, refletindo um cenário de cautela econômica no fim do ano.


Destaques do crescimento industrial em 2024

As maiores altas no ano foram observadas em:
Santa Catarina (+7,7%) – Impulsionada pela produção de máquinas, materiais elétricos e produtos alimentícios.
Rio Grande do Norte (+7,4%) – Destaque para a produção de óleo diesel e biocombustíveis.
Ceará (+6,9%) – Crescimento na indústria têxtil, vestuário e calçados.

Outras regiões que tiveram crescimento acima da média nacional (+3,1%) foram:
Pará (+5,7%)
Mato Grosso (+5,4%)
Pernambuco (+4,6%)
Paraná (+4,2%)
Amazonas (+3,6%)
Mato Grosso do Sul (+3,5%)

Segundo Bernardo Almeida, analista do IBGE, o avanço da indústria nacional foi favorecido pela recuperação de setores estratégicos e pelo aumento da demanda em algumas regiões.

São Paulo: principal influência no crescimento

A indústria paulista, maior polo industrial do Brasil, registrou alta de 3,1% em 2024, alinhada com a média nacional. Esse crescimento foi impulsionado pelos setores de:
Veículos automotores – Produção de autopeças, caminhões e automóveis.

Produtos químicos – Produção de fungicidas agrícolas e cosméticos.

Apesar do crescimento, São Paulo ainda está 1,6% abaixo do patamar pré-pandemia e 23,6% abaixo do pico industrial registrado em março de 2011.


Única queda: Espírito Santo registra -1,6% em 2024

O Espírito Santo foi o único estado a apresentar queda na produção industrial no acumulado do ano, com recuo de -1,6%. A retração foi causada pelo desempenho negativo da indústria extrativa, especialmente:
Óleos brutos de petróleo
Celulose e produtos de papel


Desempenho em dezembro: queda generalizada

A produção industrial brasileira caiu 0,3% em dezembro de 2024, registrando quedas em sete dos 15 estados analisados pelo IBGE. Essa retração acumulou uma perda de 1,2% nos últimos três meses do ano, com destaque para:

Pará (-8,8%) – Eliminando parte do ganho acumulado em outubro e novembro.
Ceará (-6,8%) – Segundo mês consecutivo de queda, com recuo de 8,0% no bimestre.
Mato Grosso (-4,7%)
Paraná (-4,1%)
Rio de Janeiro (-1,1%)

A indústria paulista (-0,2%) e mineira (-0,1%) também registraram variações negativas, impactadas por quedas nos setores de alimentos, automóveis e produtos químicos.

Segundo Bernardo Almeida, a desaceleração da indústria no final do ano foi influenciada pelo aumento da inflação e da taxa de juros, que reduziram o consumo e os investimentos no setor.


Estados com crescimento em dezembro

Apesar do recuo nacional, algumas regiões apresentaram crescimento no último mês do ano, com destaque para:

Amazonas (+4,3%) – Intensificação do avanço industrial observado em novembro.
Espírito Santo (+4,0%) – Recuperação após dois meses consecutivos de queda.
Pernambuco (+3,9%) – Acumulando ganho de 5,9% no bimestre.

Outras regiões com crescimento foram:
Bahia (+2,8%)
Região Nordeste (+1,4%)
Goiás (+0,8%)
Rio Grande do Sul (+0,7%)
Santa Catarina (+0,5%)


Perspectivas para 2025

O desempenho da indústria em 2025 dependerá de fatores econômicos e da demanda global, especialmente no setor de exportação de bens manufaturados e commodities.

Os desafios para a produção industrial incluem:
Inflação elevada – Pode impactar o consumo interno e a confiança da indústria.
Taxas de juros – Se continuarem altas, podem desacelerar os investimentos.
Demanda global – A recuperação da economia mundial será determinante para o desempenho do setor.

O setor pode se beneficiar de:
Expansão da produção agrícola e do agronegócio.
Incentivos do governo para a indústria nacional.
Retomada do mercado de consumo no Brasil.


A produção industrial brasileira fechou 2024 com crescimento de 3,1%, mostrando avanços em 17 dos 18 estados analisados pelo IBGE. Santa Catarina (+7,7%), Rio Grande do Norte (+7,4%) e Ceará (+6,9%) registraram as maiores altas do ano, enquanto Espírito Santo (-1,6%) foi o único estado com retração.

Entretanto, dezembro registrou queda de 0,3%, com sete estados apresentando recuo na produção industrial, refletindo o impacto da inflação e das taxas de juros elevadas.

Para 2025, o setor depende de fatores macroeconômicos e do desempenho do consumo interno, com desafios como inflação e crédito caro, mas também oportunidades ligadas à expansão da agricultura e da exportação industrial.


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