Teresina, 13 de fevereiro de 2025
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Dólar cai para R$ 5,78, apesar do anúncio de novas tarifas sobre aço e alumínio

O anúncio de Donald Trump sobre tarifas de 25% para aço e alumínio importados teve pouco impacto no mercado brasileiro. O dólar caiu para R$ 5,78 (-0,13%), enquanto o Ibovespa subiu 0,76%, atingindo 125.572 pontos.
O mercado segue atento aos impactos da medida nos próximos dias, especialmente no setor siderúrgico. Foto: Reprodução

O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a aplicação de tarifas adicionais de 25% sobre o aço e o alumínio importados teve pouco impacto no mercado financeiro brasileiro nesta segunda-feira (10). O dólar encerrou o dia em queda leve, enquanto a Bolsa de Valores registrou alta, impulsionada pela valorização do petróleo e do minério de ferro.

A moeda norte-americana encerrou o pregão cotada a R$ 5,785, com um recuo de 0,13%. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou com alta de 0,76%, atingindo 125.572 pontos, impulsionado pelas ações do setor de mineração e petróleo.


Cotação do dólar e comportamento do câmbio

O dólar comercial iniciou a segunda-feira com leve alta, chegando a R$ 5,82 por volta das 9h15. No entanto, reverteu a tendência e começou a cair ao longo da manhã, atingindo R$ 5,76 às 10h30, seu menor valor no dia.

A moeda chegou a ensaiar uma nova alta antes do meio-dia, mas voltou a cair durante a tarde, refletindo um ajuste técnico do mercado. Com o resultado do dia, o dólar acumula uma queda de 6,36% em 2025.

Diferentemente do Brasil, a maioria dos mercados internacionais viu o dólar se fortalecer após o anúncio de Trump. A razão para o movimento contrário no país foi a atuação de exportadores, que aproveitaram o pico da moeda acima dos R$ 5,80 para vender dólares no mercado, reduzindo a pressão cambial.


Bolsa de valores tem alta impulsionada por commodities

Enquanto o câmbio mostrou um desempenho misto, o mercado acionário teve um dia positivo. O Ibovespa subiu 0,76%, registrando 125.572 pontos no fechamento. Pela manhã, o índice chegou a subir 1,42% às 10h35, mas desacelerou ao longo da tarde.

A alta do índice foi puxada principalmente pelo avanço das ações do setor de mineração e petróleo, beneficiadas pela valorização dessas commodities no exterior. Com o petróleo e o minério de ferro em alta, companhias como Petrobras (PETR3 e PETR4) e Vale (VALE3) foram favorecidas, garantindo um desempenho positivo para a Bolsa brasileira.


Impacto da tarifa de Trump sobre o mercado

A imposição de tarifas de 25% sobre aço e alumínio importados pelos Estados Unidos gerou preocupações iniciais no mercado global. No entanto, a reação no Brasil foi relativamente moderada, uma vez que a medida já vinha sendo especulada por analistas e agentes do setor.

Historicamente, medidas protecionistas adotadas pelo governo norte-americano tendem a gerar volatilidade no câmbio e afetar ações de empresas exportadoras, mas o impacto imediato foi contido. A expectativa agora é avaliar como os setores impactados, como o siderúrgico e o de mineração, irão reagir nas próximas semanas.


Fatores que influenciaram o mercado

Alguns fatores ajudaram a limitar os impactos da medida protecionista dos EUA no Brasil:

  1. Atuação de exportadores no mercado cambial: A venda de dólares por exportadores segurou a valorização da moeda norte-americana no Brasil, enquanto em outros países o dólar se fortaleceu.
  2. Alta do petróleo e minério de ferro: A valorização dessas commodities beneficiou empresas brasileiras do setor, impulsionando o Ibovespa.
  3. Ajuste técnico no câmbio: A moeda já vinha apresentando quedas expressivas ao longo de 2025, acumulando uma desvalorização de 6,36% no ano. O movimento do dia refletiu mais uma correção técnica do que um impacto direto das novas tarifas de Trump.

Cenário para os próximos dias

Os investidores seguirão atentos a novos desdobramentos da política comercial dos EUA, principalmente para entender se as tarifas de Trump podem levar a retaliações comerciais de outros países. Além disso, o mercado deve monitorar eventuais movimentações no Banco Central brasileiro, que pode intervir no câmbio caso haja oscilações bruscas.

Outro fator de atenção será o impacto da medida sobre o setor siderúrgico nacional. Empresas exportadoras de aço podem sofrer queda na demanda, o que poderia afetar suas ações no curto e médio prazo.

Enquanto isso, a Bolsa brasileira pode continuar refletindo os movimentos das commodities, que seguem sendo um dos principais vetores de crescimento do mercado acionário local.


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