O futebol tem dessas coisas. Nem sempre quem mais insiste, quem mais chuta, quem mais pressiona sai vitorioso. Em Novo Horizonte, na noite abafada deste 3 de fevereiro de 2025, o Novorizontino fez de tudo para derrubar o Corinthians. Criou, martelou, acertou a trave, perdeu pênalti. Mas foi o Timão, na frieza cirúrgica de uma bola parada, que saiu com os três pontos. O 1 a 0 foi suficiente para garantir a liderança do Campeonato Paulista, agora com 18 pontos.
O jogo em números: eficiência e resistência
O Corinthians entrou em campo apostando na paciência. Com apenas 38% de posse de bola e três finalizações ao longo de toda a partida, soube sofrer e aproveitar sua única grande oportunidade. Já o Novorizontino, com 62% de posse e 12 finalizações, viveu uma noite ingrata, onde a bola parecia teimar em não entrar.
O primeiro tempo foi de domínio dos donos da casa, que tiveram a grande chance da etapa inicial aos 32 minutos, quando Pablo Dyego foi derrubado na área. Mas Hugo Souza, em noite inspirada, defendeu a cobrança com um mergulho preciso no canto direito. O goleiro corintiano voltaria a ser decisivo mais tarde, acumulando defesas importantes e assegurando a vitória.
O gol da vitória e o momento decisivo
O gol do Corinthians nasceu aos 20 minutos do segundo tempo, na bola parada. Matheus Bidu cobrou escanteio pela esquerda, a defesa do Novorizontino afastou mal, e Giovane recolocou a bola na área. Alex Santana, atento, subiu entre os zagueiros e testou firme para o fundo da rede. Um gol de centroavante clássico, na escassez de chances claras para os visitantes.
Mas a história do jogo ainda não estava escrita. Aos 37 minutos, o Novorizontino teve sua melhor sequência ofensiva. Em um ataque fulminante, Willian Farias cabeceou no travessão e, no rebote, Frizzo chutou de primeira, carimbando novamente a trave. O estádio, em um só grito contido, viu a vitória escapar por centímetros.
Os momentos de interrupção
O jogo ainda precisou ser paralisado por alguns minutos devido à fumaça dos sinalizadores da torcida corintiana, que envolveu parte do campo e reduziu a visibilidade. O árbitro reiniciou a partida assim que o cenário permitiu, mas o clima já era de tensão crescente.
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Defesa intransponível
O Novorizontino terminou o jogo com o dobro de finalizações, mas encontrou uma barreira chamada Hugo Souza. O goleiro corintiano não só defendeu o pênalti como fez pelo menos outras quatro intervenções difíceis. Sua atuação garantiu ao Timão uma vitória que, pelo volume de jogo, talvez não estivesse nos planos mais otimistas.
Com a vitória, o Corinthians assumiu a liderança do Campeonato Paulista com 18 pontos. O Novorizontino, ainda sem vencer em casa, amarga a parte intermediária da tabela, lamentando as chances desperdiçadas. O Timão agora se prepara para seu próximo desafio, onde tentará manter a eficiência e consolidar sua posição no topo.
No fim, a partida foi um retrato do futebol na sua essência mais cruel: nem sempre quem mais luta vence. O Corinthians, pragmático, fez o suficiente. O Novorizontino, valente, sentiu na pele a dureza do jogo. E a bola, caprichosa, decidiu quem levaria os três pontos para casa.