A produção média diária de petróleo e gás natural no Brasil atingiu, em 2024, uma impressionante marca de 4,322 milhões de barris de óleo equivalente. Esse número reflete uma leve diminuição de 0,5% em relação ao recorde de 4,344 milhões de barris estabelecido no ano anterior, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A queda é atribuída principalmente à produção de petróleo, que registrou um diário de 3,358 milhões de barris, representando um recuo de 1,29% em comparação a 2023. Por outro lado, a produção de gás natural apresentou crescimento de 2%, alcançando uma média de 153 milhões de metros cúbicos por dia.
O papel do pré-sal na produção
Um dado significativo é que 78,29% da produção total de petróleo e gás natural do país é proveniente dos reservatórios da camada pré-sal. Em contraste, os campos pós-sal contribuíram com 16,33%, enquanto as áreas em terra responderam por 5,38% da produção total. Esses números evidenciam a importância contínua do pré-sal como motor da atividade petrolífera brasileira.
Destaques de dezembro
A média de produção no mês de dezembro de 2024 foi de 4,435 milhões de barris de óleo equivalente, com 3,421 milhões de barris de petróleo e 161,13 milhões de metros cúbicos de gás. Os campos operados pela Petrobras, seja de maneira isolada ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 89,37% dessa produção agregada. Em comparação com novembro, a produção de petróleo cresceu 3,3%, embora tenha enfrentado uma queda de 4,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A produção de gás, por sua vez, aumentou 2,1% em relação a novembro e 2,9% na comparação com dezembro de 2023.
A eficiência do aproveitamento de gás natural
Em termos de eficiência, o aproveitamento de gás natural em dezembro foi regulado em 96,5%. Apesar da queima de 5,65 milhões de metros cúbicos por dia, que representa uma redução de 9% em relação a novembro, houve uma alta de 66,4% em comparação com a queima registrada em dezembro de 2023. De acordo com a ANP, o aumento na queima se deve, em grande parte, ao contínuo comissionamento da plataforma FPSO Marechal Duque de Caxias, no Campo de Mero, que teve início em novembro.
Diante desses números, fica evidente que a indústria petrolífera brasileira continua a desempenhar um papel crucial na economia do país, mostrando resiliência e adaptação em um cenário de desafios constantes.