Teresina, 31 de janeiro de 2025
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Desemprego recua para 6,2% no último trimestre de 2024 e atinge menor nível da série histórica, aponta IBGE

Dados do IBGE e Caged demosntram que Brasil criou mais empregos formais, mas desafios de sustentabilidade na geração de empregos persiste.
Desemprego cai: O Brasil encerrou 2024 com um mercado de trabalho mais aquecido. Foto: Diário do Povo

O Brasil encerrou 2024 com um mercado de trabalho mais aquecido, atingindo a menor taxa de desemprego já registrada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação no quarto trimestre do ano ficou em 6,2%, consolidando um cenário de recuperação do emprego no país.

Na média anual, o desemprego caiu de 7,8% em 2023 para 6,6% em 2024, marcando o menor patamar da série histórica iniciada em 2012. O resultado veio próximo das expectativas do mercado, que projetava uma queda para 6% no último trimestre do ano passado, conforme levantamento do Valor Data.

Os novos números reforçam a tendência de crescimento da ocupação no Brasil, com impacto positivo tanto no trabalho formal quanto no informal.

Criação de empregos formais e avanço do mercado de trabalho

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quinta-feira (30), também trouxe sinais positivos para o emprego. Segundo o levantamento, o país abriu mais de 1,7 milhão de vagas com carteira assinada ao longo de 2024, refletindo o fortalecimento do setor produtivo e da confiança empresarial.

Embora ambas as pesquisas apontem para um mercado de trabalho aquecido, Caged e Pnad Contínua utilizam metodologias diferentes:

  • O Caged considera apenas empregos formais, com base nas informações fornecidas pelas empresas ao Ministério do Trabalho. Os dados são mensais e indicam a movimentação de contratações e demissões com carteira assinada.
  • A Pnad Contínua, por sua vez, abrange trabalhadores formais e informais, com pesquisas realizadas em regiões metropolitanas de todo o país. A divulgação é feita mensalmente, mas os dados são calculados trimestralmente.

A diferença metodológica entre as pesquisas indica que, embora o Caged revele um crescimento expressivo no emprego formal, a redução do desemprego captada pelo IBGE inclui tanto a formalização de vagas quanto a ampliação do trabalho autônomo e informal.

Perspectivas para 2025

O recuo da taxa de desemprego reflete a expansão do mercado de trabalho, impulsionada por crescimento econômico, aumento da renda e estabilidade nos setores produtivos. No entanto, economistas alertam que desafios ainda persistem, como a sustentabilidade da geração de empregos formais e o impacto da política monetária na atividade econômica.

Para 2025, o governo e analistas acompanham os desdobramentos da economia global e os efeitos das medidas fiscais e de incentivo ao emprego no Brasil. A manutenção do crescimento da ocupação e a redução da informalidade serão fatores determinantes para consolidar a trajetória positiva do mercado de trabalho.

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