Teresina, 1 de fevereiro de 2025
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Banco Central moderniza boletos e autoriza pagamento via pix

O Banco Central (BC) anunciou uma atualização nas normas de pagamento, permitindo que boletos passem a contar com um QR Code do Pix, facilitando a quitação dos valores por meio da plataforma instantânea de pagamentos.
A principal novidade é a integração dos boletos com o Pix, o que significa que, ao emitir um boleto de pagamento, ele já contará com um QR Code embutido. Foto: Divulgação BC

A partir de 3 de fevereiro, os brasileiros terão uma nova forma de pagar boletos com mais agilidade e segurança. O Banco Central (BC) anunciou uma atualização nas normas de pagamento, permitindo que boletos passem a contar com um QR Code do Pix, facilitando a quitação dos valores por meio da plataforma instantânea de pagamentos. Além disso, foi criado o boleto dinâmico, um novo modelo voltado para o mercado financeiro que permitirá alteração automática do beneficiário, trazendo mais segurança para transações entre empresas.

As novas regras foram estabelecidas pela Resolução BCB 443, de 12 de dezembro de 2024, e fazem parte da estratégia do Banco Central de modernizar o sistema financeiro nacional, tornando as operações mais eficientes, acessíveis e seguras.


Boletos poderão ser pagos via Pix

A principal novidade é a integração dos boletos com o Pix, o que significa que, ao emitir um boleto de pagamento, ele já contará com um QR Code embutido. Dessa forma, os usuários poderão optar por pagar escaneando o código pelo celular, o que reduz atrasos e problemas de compensação bancária.

A mudança se baseia no sucesso do Pix, que se consolidou como o principal meio de pagamento eletrônico do país. Segundo dados do Banco Central, o Pix já supera TEDs, DOCs e até pagamentos com cartão de débito em volume de transações. Com a implementação da novidade nos boletos, a expectativa é de que o sistema se torne ainda mais eficiente e amplamente aceito.

O Banco Central já permitia, de forma experimental, que algumas instituições oferecessem a opção de pagamento via QR Code. Agora, a integração será regulamentada e exigirá um modelo padronizado de segurança e governança para garantir a confiabilidade das transações.


Boleto dinâmico: mais segurança para pagamentos entre empresas

Outra inovação anunciada pelo Banco Central é a criação do boleto dinâmico, uma modalidade voltada para o mercado financeiro e transações corporativas. O diferencial desse novo modelo está na capacidade de atualizar automaticamente o beneficiário do pagamento, garantindo que os recursos sejam destinados ao credor correto, mesmo em operações complexas.

Essa funcionalidade é essencial para transações envolvendo duplicatas escriturais – títulos de crédito que podem ser negociados entre empresas e instituições financeiras. Como esses ativos mudam de titularidade ao longo do tempo, o boleto dinâmico assegura que o pagamento vá para quem realmente detém os direitos sobre o crédito.

Segundo Ricardo Vieira Barroso, Chefe de Divisão no Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor) do BC, o boleto dinâmico melhora a segurança e eficiência dos pagamentos corporativos, beneficiando especialmente pequenas e médias empresas que dependem de operações de crédito para manter seus fluxos de caixa.

“A possibilidade de pagamento do boleto por meio do Pix e a criação do boleto dinâmico têm como objetivo modernizar esse instrumento de pagamento, trazendo mais conveniência e segurança tanto para o pagador quanto para o recebedor dos recursos.”


Regulamentação e implementação das novas regras

O Banco Central também definiu regras mais rígidas de governança para o novo modelo de boletos. A regulamentação prevê:

Vinculação do boleto dinâmico a ativos financeiros – Inicialmente, o sistema será aplicado a duplicatas escriturais e recebíveis imobiliários, conforme regulamentado pelas Resoluções BCB 339/2023 e BCB 308/2023.

Prazos para implementação – O boleto dinâmico deverá entrar em operação em até seis meses após a aprovação dos sistemas digitais que darão suporte ao novo modelo.

Estrutura de tarifas e reembolso de custos – O BC exige que os custos operacionais dos novos boletos sigam critérios de isonomia, transparência e equilíbrio econômico, evitando modelos anticoncorrenciais que possam prejudicar a adoção da tecnologia.


Benefícios das novas regras para consumidores e empresas

As mudanças trazem ganhos diretos para os consumidores e o mercado. Com a possibilidade de pagar boletos via Pix, os usuários terão:

Pagamentos instantâneos e sem complicação – O dinheiro cairá na conta do beneficiário imediatamente, reduzindo riscos de atrasos e multas.

Mais segurança – O QR Code elimina a necessidade de digitação manual do código de barras, minimizando erros.

Maior eficiência financeira para empresas – Com o boleto dinâmico, instituições que negociam duplicatas escriturais e recebíveis terão mais garantia de que os pagamentos serão direcionados corretamente.

Redução de custos e burocracia – O novo sistema diminui a necessidade de reconciliação manual de pagamentos, tornando os processos mais rápidos e eficientes.


Digitalização do sistema financeiro brasileiro

As atualizações nas normas do Banco Central representam mais um passo na digitalização do sistema financeiro brasileiro. O uso do Pix nos boletos e a criação do boleto dinâmico reforçam o compromisso do BC com a modernização das transações e a segurança dos pagamentos.

O Brasil já é referência global em pagamentos instantâneos, e essas inovações consolidam ainda mais essa posição. Com a crescente digitalização do mercado financeiro, as novas normas devem tornar as transações mais rápidas, eficientes e seguras, beneficiando consumidores, empresas e instituições financeiras.

Agora, resta aguardar a adoção em larga escala dessas tecnologias e os impactos positivos que elas trarão para o dia a dia dos brasileiros.

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