Teresina, 30 de janeiro de 2025
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Lula descarta intervenção nos preços e cobra explicações sobre alta de alimentos

Durante a coletiva, Lula ressaltou que a redução dos preços dos alimentos foi uma das marcas do seu governo em 2023, mas que agora observa um novo movimento de alta, o que preocupa o Planalto.
Lula, durante reunião ministerial nesta segunda-feira(20). Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não fará “bravata” para tentar conter a inflação dos alimentos e destacou que a Petrobras tem autonomia para definir o preço do diesel. O presidente cobrou explicações sobre a recente alta no preço de produtos essenciais, como óleo de soja e carne, e afirmou que pretende dialogar com os produtores para entender os fatores que impulsionam os aumentos.

Inflação e alimentos: questionamentos sobre a alta dos preços

Durante a coletiva, Lula ressaltou que a redução dos preços dos alimentos foi uma das marcas do seu governo em 2023, mas que agora observa um novo movimento de alta, o que preocupa o Planalto. Ele citou especificamente o óleo de soja, que teria caído para R$ 4 no início do seu governo, mas agora voltou ao patamar de R$ 9 ou R$ 10.

“Qual a explicação de o óleo de soja ter subido? Não tenho outra coisa que não chamar os produtores de soja para saber”, disse o presidente, sinalizando a intenção de dialogar com o setor para entender os motivos do reajuste. Lula também mencionou o preço da carne, que registrou uma queda de 30% em 2023, mas voltou a subir recentemente. Ele questionou se a alta se deve apenas ao aumento das exportações ou a mudanças na matriz de produção do setor.

Petrobras e preços dos combustíveis

Sobre os combustíveis, o presidente reiterou que a Petrobras é responsável por definir os preços do diesel e da gasolina, afastando a possibilidade de interferência direta do governo. O preço dos combustíveis tem impacto direto na inflação, pois influencia os custos do transporte e da produção agrícola.

Lula indicou que acompanha a evolução dos preços, mas frisou que o governo não pode atuar de forma artificial no mercado. A declaração reforça a postura do Palácio do Planalto de manter uma relação mais independente com a estatal, sem medidas intervencionistas como em gestões anteriores.

Desafios e soluções para a economia

A alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis representa um desafio para o governo, especialmente no controle da inflação e no poder de compra da população. Embora tenha registrado deflação em alguns momentos de 2023, o setor de alimentos ainda sofre com oscilações que impactam diretamente o custo de vida.

Diante desse cenário, o governo deve intensificar o diálogo com produtores e distribuidores para buscar soluções que possam reduzir a pressão inflacionária sem comprometer a produção. No entanto, Lula deixou claro que sua gestão não adotará medidas populistas para congelar preços artificialmente, optando por um caminho baseado no diálogo e no monitoramento do mercado.

A coletiva de Lula reforça a preocupação do governo com a alta dos preços e os impactos da inflação, mas também deixa claro que o Planalto não pretende intervir diretamente na economia. O foco será o diálogo com o setor produtivo e a busca por soluções estruturais que possam garantir preços mais acessíveis sem comprometer a competitividade da indústria nacional. O desafio, no entanto, será equilibrar essa estratégia com as expectativas da população, que espera medidas concretas para conter a alta no custo de vida.

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