Diversos estudos científicos têm demonstrado que o uso excessivo de celular pode trazer uma série de impactos negativos à saúde, tanto física quanto mental. Embora os dispositivos sejam ferramentas indispensáveis na vida moderna, o tempo prolongado em frente às telas pode gerar problemas que vão desde dores musculares até transtornos de ansiedade e depressão.
Impactos na saúde física do uso excessivo de celular
- Problemas oculares: A exposição constante à luz azul emitida pelas telas está associada a fadiga visual, síndrome do olho seco e distúrbios no sono. O uso prolongado do celular também pode causar irritação ocular e, em casos mais graves, inflamações e infecções nos olhos.
- Dores musculares e má postura: Condições como a “whatsappinite” — inflamação nos tendões causada por movimentos repetitivos ao digitar — e o “pescoço de texto” são comuns entre usuários frequentes de celulares. A má postura ao usar o aparelho pode levar a dores crônicas no pescoço e nas costas, além de aumentar o risco de hérnias de disco.
- Sedentarismo: O tempo excessivo em frente às telas está relacionado a um estilo de vida sedentário, contribuindo para obesidade e doenças crônicas. Crianças e adolescentes, que passam longas horas jogando ou nas redes sociais, estão particularmente vulneráveis a esses problemas.
Impactos na saúde mental da hiperconectividade
- Ansiedade e depressão: O uso prolongado de celulares, especialmente para acessar redes sociais, está ligado a um aumento nos níveis de ansiedade e depressão. A pressão por validação social e a exposição constante a conteúdos estressantes podem agravar esses sintomas.
- Diminuição da concentração: Estudos apontam que o uso constante do celular prejudica a capacidade de foco e atenção, tornando as pessoas mais propensas a distrações e menos eficazes na realização de tarefas. Pesquisadores da Universidade de Waterloo identificaram um fenômeno chamado “preguiça mental”, onde os usuários se tornam dependentes do celular para resolver problemas simples.
- Prejuízos no desenvolvimento cognitivo infantil: Em crianças, o uso excessivo de celulares está associado a dificuldades de aprendizado e ao aumento do risco de transtornos como o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). Pesquisas também indicam que o uso frequente do celular por mulheres grávidas pode influenciar negativamente o desenvolvimento cognitivo dos bebês.
O que os especialistas recomendam fazer
Embora os celulares sejam ferramentas úteis e indispensáveis, os especialistas recomendam práticas que minimizem seus impactos negativos do uso em excesso do celular. Entre as estratégias estão o uso de filtros de luz azul, a realização de pausas regulares para alongamentos e a limitação do tempo de tela, especialmente para crianças e adolescentes.
Os resultados desses estudos demonstram a importância de um uso consciente da tecnologia, equilibrando os benefícios com o cuidado à saúde física e mental.