Um estudo recente revelou que a vasta maioria dos cidadãos da Groenlândia rejeita a ideia de se tornar parte dos Estados Unidos. O levantamento, divulgado na terça-feira (28), mostrou que 85% dos entrevistados são contrários à incorporação, enquanto apenas 6% apoiam a proposta.
Repercussões de uma proposta controversa
O presidente americano Donald Trump havia expressado interesse no território nórdico por razões de segurança, causando reações negativas na Europa. Apesar da declaração do presidente, as autoridades locais frisaram que a Groenlândia não está à venda.
Groenlândia não é um país
Atualmente, a Groenlândia é um território da Dinamarca e está sob a jurisdição da Constituição dinamarquesa, embora geograficamente faça parte da América do Norte. Em 2009, a ilha, que possui uma área maior que o México e uma população de 57 mil habitantes, adquiriu amplo direito à autonomia, incluindo a capacidade de declarar independência por meio de um referendo.
Aumento da presença militar da Dinamarca
Em resposta à situação, a Dinamarca anunciou na segunda-feira (27) que investirá 14,6 bilhões de coroas (cerca de R$ 12 bilhões) para reforçar sua presença militar no Ártico.
O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, vem intensificando a campanha pela independência do território e repetidamente afirmou que o futuro da ilha deve ser decidido pelo seu povo. Enquanto isso, os EUA mantêm uma presença militar permanente na Base Espacial Pituffik, no noroeste da Groenlândia, um local estratégico para sistemas de alerta antecipado contra mísseis balísticos, já que a rota mais curta da Europa para a América do Norte passa pela ilha.