A corrida pela presidência do Senado Federal entrou em uma nova fase nesta segunda-feira (27), com a oficialização das candidaturas de Eduardo Girão (Novo-CE), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Marcos do Val (Podemos-ES). A eleição está marcada para o próximo sábado (1º) e promete uma disputa acirrada, com pelo menos quatro nomes no páreo até o momento.
Além das candidaturas formalizadas, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que já comandou a Casa entre 2019 e 2021, também confirmou sua intenção de concorrer, embora ainda não tenha protocolado oficialmente sua candidatura.
Os perfis dos candidatos á presidência do Senado em 2025
Eduardo Girão (Novo-CE): Conhecido por sua postura independente e conservadora, Girão defende uma maior transparência na gestão pública e o fortalecimento de mecanismos de combate à corrupção. Em sua candidatura, Girão propõe uma agenda de reformas que inclui a redução de privilégios e o fortalecimento do Senado como um espaço de fiscalização do Executivo.
Astronauta Marcos Pontes (PL-SP): Ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações e primeiro astronauta brasileiro, Pontes aposta em sua trajetória técnica e política para se posicionar como um candidato capaz de trazer inovação e eficiência à gestão do Senado. Ele representa a base aliada do governo e busca consolidar sua candidatura com o apoio de parlamentares governistas.
Marcos do Val (Podemos-ES): Focado em questões de segurança pública e com um perfil técnico, o senador do Espírito Santo busca atrair votos de setores mais conservadores do Senado. Do Val tem se destacado por sua atuação em pautas relacionadas ao combate à violência e à modernização das forças de segurança no Brasil.
Davi Alcolumbre (União-AP): Embora ainda não tenha oficializado sua candidatura, Alcolumbre já é um nome conhecido no cenário político e possui uma rede de apoio consolidada, construída ao longo de sua atuação como presidente do Senado. Sua candidatura representa uma tentativa de retomar o comando da Casa e fortalecer sua influência no cenário político nacional.
Candidaturas refletem disputa interna no Senado
A diversidade de perfis dos candidatos reflete um momento de disputas internas no Senado, com diferentes blocos parlamentares buscando consolidar sua força política. Enquanto Girão e Do Val representam alas mais conservadoras e independentes, Pontes tem o respaldo do governo e pode se beneficiar da articulação da base governista. Já Alcolumbre aposta em sua experiência e em sua rede de aliados para retomar o controle da Casa.
A eleição do Senado é feita por meio de voto secreto, o que torna o processo ainda mais imprevisível. Para ser eleito, o candidato precisa garantir a maioria absoluta dos votos entre os 81 senadores. Caso nenhum dos candidatos atinja esse número no primeiro turno, ocorre uma segunda votação entre os dois mais bem colocados.
O papel da Presidência do Senado
O presidente do Senado Federal é uma figura central na política brasileira. Além de comandar as sessões e decidir a pauta de votações da Casa, ele também preside o Congresso Nacional em momentos conjuntos com a Câmara dos Deputados. O cargo confere grande influência sobre a tramitação de projetos e é estratégico para as articulações políticas no país.
Nos últimos anos, a presidência do Senado tem desempenhado um papel crucial em discussões sobre reformas estruturais, orçamento e na condução de temas sensíveis, como a instalação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs).
Eleição imprevisível
Com a eleição marcada para o sábado, as negociações nos bastidores se intensificam. O resultado final dependerá de acordos e alianças que estão sendo construídos nos próximos dias. A diversidade de perfis dos candidatos promete uma eleição imprevisível, refletindo o momento de fragmentação política que o Senado atravessa.
Os próximos dias serão decisivos para a definição do novo comando do Senado, que terá a responsabilidade de conduzir a Casa em um momento de desafios econômicos, sociais e políticos no Brasil.