Teresina, 5 de fevereiro de 2025
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Venezuela liberta 381 detidos em protestos pós-eleitorais; ONG aponta mais de 1.600 presos políticos

Segundo o procurador-geral, Tarek Saab, o número total de libertados pelo governo nos últimos meses chegou a 1.896.
Protesto pela liberação de presos políticos na Venezuela. Foto: El Pitazo

A Venezuela anunciou, neste sábado (25), a libertação de mais 381 pessoas que estavam presas desde os protestos ocorridos após as eleições presidenciais de 2024. Os atos, marcados por forte polarização, resultaram na reeleição do presidente Nicolás Maduro, em meio a acusações de fraude e uma intensa crise política.

Segundo o procurador-geral, Tarek Saab, o número total de libertados pelo governo nos últimos meses chegou a 1.896. Os protestos deixaram 28 mortos e quase 200 feridos.

Controvérsia eleitoral e pressões internacionais

A oposição venezuelana afirma que o verdadeiro vencedor das eleições foi Edmundo González, ex-diplomata e principal rival de Maduro no pleito. A reeleição do líder chavista gerou críticas internacionais, incluindo declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chamou Maduro de “ditador” durante sua campanha presidencial. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, intensificou a pressão sobre o governo venezuelano ao dialogar recentemente com González e a líder opositora María Corina Machado, solicitando a libertação de todos os presos políticos.

Situação dos presos políticos

Enquanto o governo venezuelano aponta avanços nas libertações, a organização não governamental Foro Penal divulgou que, até 20 de janeiro, ainda há 1.601 pessoas detidas arbitrariamente em centros prisionais do país. Dentre os presos, estão 183 mulheres, 1.418 homens e quatro adolescentes entre 14 e 17 anos. Segundo a ONG, os dados foram enviados à Organização dos Estados Americanos (OEA) para monitoramento internacional.

Em uma publicação no X, o Foro Penal reiterou a gravidade da situação, classificando as detenções como arbitrárias e destacando a necessidade de pressão internacional para a libertação dos presos remanescentes.

Cenário político e humanitário

Os protestos de 2024 reacenderam a crise política e humanitária na Venezuela, com denúncias de repressão violenta e violações de direitos humanos. Organizações internacionais e governos estrangeiros têm pressionado o governo de Nicolás Maduro por uma solução negociada e pela garantia de eleições livres e justas.

Enquanto isso, as libertações realizadas pelo governo venezuelano são vistas por alguns analistas como uma tentativa de reduzir as críticas internacionais, embora a oposição e ONGs continuem denunciando a persistência de uma política de repressão contra dissidentes.

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