O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou a suspensão do auxílio destinado a refugiados que já estão no país, segundo informações reportadas pela CNN. A medida impactará milhares de pessoas, que podem perder acesso a moradia e assistência para inserção no mercado de trabalho, e foi considerada inédita por organizações que apoiam refugiados, que alertam para o risco de uma crise humanitária.
De acordo com um memorando obtido pela CNN, os recursos destinados às agências que oferecem suporte aos refugiados foram interrompidos. Entre os mais afetados estão refugiados afegãos que colaboraram com o governo norte-americano durante a Guerra ao Terror, iniciada em 2001.
Além disso, a medida ocorre em um contexto de endurecimento das políticas migratórias de Trump, que recentemente assinou ordens executivas barrando a entrada de novos refugiados no país e cancelando voos para aproximadamente 10 mil pessoas que aguardavam autorização para entrar nos Estados Unidos.
Política de restrição à imigração
A suspensão do auxílio é parte de uma estratégia mais ampla do governo Trump contra a imigração, que inclui o fim da cidadania automática para filhos de imigrantes nascidos no país e o envio de reforços militares para a fronteira com o México. Atualmente, cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais vivem nos Estados Unidos, representando aproximadamente 15% da população.
Reações e pedidos de isenção
Especialistas e organizações de defesa de refugiados têm pressionado o governo a reconsiderar a medida, especialmente para evitar que refugiados afegãos enfrentem ainda mais dificuldades. Muitos desses indivíduos desempenharam papéis cruciais ao lado das forças americanas em zonas de conflito. No entanto, até o momento, a administração Trump mantém uma postura rígida, argumentando que está cumprindo promessas de campanha focadas em restrições à imigração.
Futuro incerto para refugiados
A decisão já desencadeou amplos debates sobre suas implicações humanitárias e legais, enquanto milhares de refugiados vivem a incerteza de perder o pouco suporte que possuem para reconstruir suas vidas nos Estados Unidos. Especialistas alertam que a suspensão dos recursos pode ampliar a vulnerabilidade de populações já fragilizadas, aumentando o risco de marginalização e crises sociais