Teresina, 5 de fevereiro de 2025
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´Tudo será revelado´, diz Trump ao retirar sigilo de documentos sobre assassinatos de John Kennedy e Martin Luther King

Donald Trump ordena a desclassificação de documentos secretos sobre os assassinatos de John F. Kennedy, Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr., prometendo revelar a verdade por trás dos eventos históricos que marcaram os Estados Unidos.
Presidente John Kennedy, assassinado em 1963. Foto: Acervo/DP

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump assinou, nesta quinta-feira (23), um decreto que ordena a desclassificação de documentos relacionados aos assassinatos do presidente John F. Kennedy, do senador Robert F. Kennedy e do ativista Martin Luther King Jr.

Em cerimônia realizada na Casa Branca, Trump prometeu que “tudo será revelado”, destacando que as famílias das vítimas e o povo americano têm o direito de conhecer a “verdade e a história por trás desses eventos trágicos”.

Os assassinatos de John F. Kennedy, Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr. marcaram a história americana, gerando comoção global e dando origem a inúmeras teorias da conspiração.

  • John F. Kennedy (JFK): O 35º presidente dos Estados Unidos foi assassinado em 22 de novembro de 1963, em Dallas, Texas, enquanto desfilava em um carro aberto. Segundo a Comissão Warren, criada para investigar o caso, o responsável foi Lee Harvey Oswald, que agiu sozinho. Contudo, a versão oficial tem sido questionada por décadas, com teorias que sugerem conspirações envolvendo a CIA, a máfia e até governos estrangeiros.
  • Robert F. Kennedy (Bob Kenney): O irmão de JFK e então senador foi morto em 5 de junho de 1968, durante sua campanha presidencial, após discursar no Ambassador Hotel, em Los Angeles. O suposto assassino, Sirhan Sirhan, um imigrante palestino, foi condenado, mas dúvidas sobre suas motivações e possíveis cúmplices persistem até hoje.
  • Martin Luther King Jr.: Líder do movimento pelos direitos civis, King foi assassinado em 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee, enquanto estava na varanda de um motel. James Earl Ray foi identificado como o autor do disparo e preso, mas muitos acreditam que a morte de King foi resultado de uma conspiração maior envolvendo agentes do governo.

Esses três assassinatos moldaram profundamente o curso da política e da sociedade americana no século XX, levantando questões sobre violência, desigualdade e o papel do governo nos acontecimentos.

O decreto de Trump

O decreto de Trump estabelece prazos claros para a desclassificação dos documentos. O diretor de Inteligência Nacional e o procurador-geral terão até 15 dias para apresentar um plano de divulgação total dos registros relacionados ao assassinato de JFK. Já os documentos relacionados aos casos de Robert Kennedy e Martin Luther King Jr. devem ser apresentados em até 45 dias.

Embora milhares de arquivos tenham sido liberados nos últimos anos, muitos continuam sob sigilo, alimentando teorias da conspiração. Entre os documentos que permanecem ocultos, há informações que, segundo analistas, poderiam esclarecer ações governamentais e conexões externas desses assassinatos.

Trump afirmou que esta medida visa “entregar ao povo americano uma peça importante da sua história”.

“Há décadas, essas tragédias têm sido envoltas em mistério e especulação. É hora de oferecer às famílias das vítimas e ao público a transparência que merecem”, afirmou.

Reações à desclassificação

A decisão de Trump gerou reações mistas entre especialistas, historiadores e o público. Para muitos, a medida representa um avanço na busca por mais transparência e pela reconstrução histórica. Outros, no entanto, estão céticos sobre o impacto real da liberação dos documentos.

Segundo Larry Sabato, diretor do Centro de Política da Universidade da Virgínia e autor de estudos sobre o assassinato de JFK, “há uma grande chance de que os arquivos liberados não contenham revelações bombásticas”. Ele acredita que, embora os documentos possam trazer mais contexto, é improvável que resolvam todas as dúvidas ou comprovem teorias da conspiração.

Por outro lado, ativistas dos direitos civis consideram que os arquivos sobre Martin Luther King Jr. podem revelar mais detalhes sobre a vigilância do FBI, então liderado por J. Edgar Hoover, contra o líder do movimento pelos direitos civis.

“Há muitas questões sobre como o governo monitorou King, e essas respostas podem estar nesses documentos”, afirmou Roland Martin, comentarista político.

Teorias da conspiração e o impacto na sociedade

Os assassinatos de JFK, RFK e Martin Luther King Jr. têm alimentado teorias da conspiração por décadas. No caso de JFK, especulações vão desde um complô envolvendo a CIA e Cuba até a participação de mafiosos. Já no caso de King, há quem acredite que o governo americano teve um papel ativo em seu assassinato, especialmente considerando os esforços do FBI para desacreditá-lo durante sua vida.

A liberação dos documentos pode ajudar a esclarecer dúvidas ou, paradoxalmente, gerar ainda mais perguntas. “A transparência é fundamental, mas as informações reveladas precisam ser analisadas com cuidado. Em um mundo saturado de desinformação, o contexto será essencial para evitar que novos mitos sejam criados”, observou Sabrina Shulman, especialista em História Americana.

A decisão de Trump de desclassificar os arquivos sobre os assassinatos de JFK, Bob Kennedy e Martin Luther King Jr. representa um marco na história recente dos Estados Unidos. Apesar de ceticismos sobre o impacto dessas revelações, a medida atende a uma demanda pública por transparência e reforça a importância de revisitar eventos que moldaram o curso do país.

Com prazos estabelecidos e uma expectativa crescente, o mundo aguarda o desenrolar dessa iniciativa, que promete lançar luz sobre um dos capítulos mais complexos e debatidos da história americana. A desclassificação pode não apenas trazer respostas, mas também alimentar novas reflexões sobre o papel do governo e a sociedade nos eventos que definem o passado e o presente.

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