Teresina, 31 de janeiro de 2025
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Pesquisa aponta como a “Crise do Pix” afetou a avaliação do governo Lula

Os dados serão divulgados na próxima segunda-feira(27)
Para sobreviver em 2026, Lula busca partidos de centro. Foto: Ricardo Stuckert / PR

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um momento de tensão política após a chamada “crise do Pix”, que gerou críticas tanto de opositores quanto de aliados. A polêmica teve início com a publicação de uma portaria da Receita Federal que incluía novas regras para monitoramento de movimentações financeiras, especificamente transações via Pix acima de R$ 5 mil.

O episódio desencadeou uma onda de reações negativas nas redes sociais e pode ter influenciado a percepção pública sobre a gestão federal.

A primeira pesquisa de avaliação do governo Lula após a crise do Pix, realizada pela Quaest, será crucial para medir o impacto desse episódio nas taxas de aprovação e reprovação do presidente, que vinham oscilando ao longo de 2024.

Cenário antes da Crise do Pix

Na última pesquisa divulgada pela Quaest, em dezembro de 2024, Lula registrava uma aprovação de 52%, enquanto 47% dos entrevistados reprovavam sua atuação. Esses índices representaram a menor distância entre os dois números desde maio de 2024, quando Lula contava com 50% de aprovação e 47% de reprovação.

Ao longo do ano, a avaliação do presidente oscilou. Em julho, por exemplo, a aprovação chegou a 54%, mas a partir desse ponto começou a cair. Por outro lado, a reprovação, que havia recuado para 43% no meio do ano, voltou a apresentar tendência de alta nos meses seguintes.

A “crise do Pix” surge como um novo elemento nesse cenário volátil, testando a resiliência da base de apoio do governo e a confiança da população na gestão petista.

O que foi a “Crise do Pix”?

O termo “crise do Pix” ganhou destaque no fim de dezembro, quando a Receita Federal publicou uma portaria que regulamentava a coleta de informações financeiras. Entre as novas regras, estava a exigência de monitorar transações eletrônicas, incluindo operações realizadas pelo Sistema de Pagamentos Instantâneos (Pix), com valores a partir de R$ 5 mil.

A menção ao Pix, uma ferramenta amplamente popular no Brasil, gerou um forte impacto entre os brasileiros. Redes bolsonaristas impulsionaram críticas, acusando o governo de “espionagem financeira” e de impor medidas que afetariam a liberdade econômica dos cidadãos. A oposição aproveitou a oportunidade para reforçar ataques ao governo, enquanto até aliados de Lula demonstraram desconforto com a medida.

Em meio à repercussão negativa, o governo tentou minimizar o episódio, afirmando que a portaria visava apenas aperfeiçoar o combate à sonegação fiscal e garantir maior transparência no sistema financeiro.

A importância da nova pesquisa

A pesquisa da Quaest será a primeira após o episódio e deve oferecer um retrato atualizado da percepção popular sobre o governo Lula. Os números ajudarão a entender se a “crise do Pix” teve um impacto significativo na popularidade do presidente. Os dados serão divulgados na próxima segunda-feira(27).

Embora o levantamento anterior tenha registrado 52% de aprovação, o governo entra em 2025 sob pressão, já que os 47% de reprovação representam um índice elevado e indicam um ambiente polarizado. Caso os números mostrem uma queda expressiva na aprovação, será um sinal de alerta para a equipe de Lula, que terá de redobrar esforços para reconquistar a confiança pública.

A pesquisa da Quaest será um termômetro fundamental para medir o humor da população e indicar quais temas devem ser prioritários para a gestão federal. Se os números forem desfavoráveis, Lula e sua equipe precisarão ajustar suas estratégias para enfrentar um ano que promete ser desafiador tanto no campo econômico quanto no político.

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