Teresina, 30 de janeiro de 2025
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Bolsonaro recua sobre Michelle para Presidência e coloca filhos como opções ao Planalto

“Não tem nada negociado, nada conversado [sobre Michelle na presidência]. Ela vem candidata ao Senado aqui em Brasília", disse
Ex-presidente Bolsonaro. Foto: Valter Campanato / Agência Brasil.

Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a movimentar o cenário político ao sugerir e, logo depois, recuar da possibilidade de Michelle Bolsonaro disputar a Presidência da República em 2026. Durante uma entrevista à CNN na quinta-feira (23), Bolsonaro indicou que sua esposa poderia ser uma candidata competitiva, mas, em conversa ao portal Metrópoles, afirmou que o nome de Michelle está mais alinhado a uma candidatura ao Senado por Brasília. Além disso, destacou seus filhos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, como opções para a corrida presidencial.

“Vi na pesquisa do Paraná Pesquisas que ela [Michelle] está na margem de erro do Lula. Esse evento lá fora [a posse de Donald Trump] vai dar uma popularidade enorme para ela. Não tenho problemas, seria também um bom nome com chances de chegar. Obviamente, ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser”, declarou Bolsonaro à CNN.

Michelle Bolsonaro no Senado

No entanto, ao ser questionado pelo portal Metrópoles, Bolsonaro declarou: “Não tem nada negociado, nada conversado [sobre Michelle na presidência]. Ela vem candidata ao Senado aqui em Brasília. Se tivesse que botar alguém da família, seria o Flávio ou o Eduardo.” A mudança de tom reflete tanto uma estratégia política quanto as incertezas sobre o futuro do bolsonarismo.

Michelle Bolsonaro, que atualmente lidera o PL Mulher, vem ganhando espaço como figura importante dentro do partido. Bolsonaro destacou que, com sua crescente visibilidade em eventos internacionais e sua base no Distrito Federal, ela poderia ser uma escolha estratégica para disputar uma cadeira no Senado. A movimentação reforça a ideia de que o bolsonarismo busca consolidar posições em diferentes frentes políticas, mantendo sua base ativa e diversificada.

A ex-primeira-dama tem sido uma peça fundamental na tentativa de Bolsonaro de manter sua influência, especialmente em segmentos evangélicos e conservadores, onde Michelle goza de alta popularidade.

Os filhos no jogo político

Apesar de ter mencionado Michelle como uma possível candidata, Bolsonaro enfatizou que Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, e Eduardo Bolsonaro, deputado federal por São Paulo, são figuras mais preparadas para disputar a Presidência em 2026. Ambos possuem trajetórias políticas consolidadas e têm forte apelo dentro do núcleo conservador.

“Se tivesse que botar alguém da família, seria o Flávio ou o Eduardo”, afirmou.

Eduardo, em particular, é conhecido por sua habilidade de articulação política e por ser um dos principais defensores do bolsonarismo no Congresso. Já Flávio tem investido na construção de sua base no Senado, o que o posiciona como uma alternativa viável para liderar a continuidade do legado da família.

Tarcísio de Freitas e outras opções

Além dos membros da família, Bolsonaro também destacou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um possível nome para disputar o Planalto em 2026. Durante a entrevista, o ex-presidente o elogiou como um “excelente gestor”, mas alertou que a popularidade de Tarcísio fora de São Paulo será determinante para sua viabilidade eleitoral. “Quem define as eleições é o povo”, ressaltou.

A inclusão de Tarcísio nas discussões evidencia que Bolsonaro está disposto a ampliar o leque de opções para manter o campo conservador competitivo, caso nenhuma candidatura familiar se concretize.

Estratégia do bolsonarismo para 2026

A hesitação de Bolsonaro em fechar um único nome demonstra a estratégia do grupo de manter múltiplas frentes abertas, evitando desgastes prematuros. A possibilidade de Michelle disputar o Senado, enquanto Flávio ou Eduardo se colocam como opções presidenciais, é uma tática para manter o bolsonarismo relevante no cenário político.

Com sua própria inelegibilidade em jogo, Bolsonaro busca fortalecer aliados e familiares para garantir que sua influência permaneça intacta. Sua menção ao papel de ministro da Casa Civil em um eventual governo de Michelle reflete sua intenção de seguir participando ativamente da política nacional, mesmo sem ocupar a linha de frente.

Cenário para as eleições de 2026

A corrida presidencial de 2026 promete ser altamente competitiva, marcada pela fragmentação das forças políticas e pelo embate entre grupos ideológicos. O bolsonarismo, que emerge como uma das principais forças do campo conservador, enfrenta o desafio de encontrar um sucessor que combine apelo popular e experiência política.

Enquanto isso, a movimentação de figuras como Michelle Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Tarcísio de Freitas indica que o grupo aposta em uma estratégia diversificada para assegurar sua presença no próximo ciclo eleitoral. A decisão final sobre os candidatos deve depender da conjuntura política nos próximos meses, mas uma coisa é certa: o bolsonarismo está longe de abandonar o tabuleiro político.

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