Teresina, 22 de janeiro de 2025
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Mercado automotivo brasileiro: a ascensão dos veículos eletrificados em 2024

O mercado automotivo brasileiro está em transição, com um aumento de 141% nas importações de veículos eletrificados em 2024.

O mercado automotivo brasileiro vive um momento de transição marcado pelo expressivo crescimento nas importações de veículos eletrificados em 2024. No entanto, o modelo de propulsão a combustão ainda domina as escolhas do consumidor nacional, mostrando que a transformação no setor será gradual e repleta de desafios.


Importação dos eletrificados em alta

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), o Brasil registrou um crescimento significativo de 141,1% nas importações de veículos em 2024, totalizando 104.729 unidades. Deste total, impressionantes 94.930 veículos eram eletrificados, incluindo modelos híbridos e elétricos puros. Esse aumento reflete uma mudança no mercado global, que começa a ser absorvida pelo Brasil, embora em ritmo mais lento comparado a mercados mais maduros.

Os veículos eletrificados representaram 53,2% de todos os automóveis com algum nível de eletrificação vendidos no país. Esse avanço demonstra que os consumidores brasileiros estão começando a considerar alternativas aos modelos tradicionais, ainda que o mercado continue amplamente dominado pelos carros movidos a gasolina e etanol.


Tributação

A mudança no perfil das vendas também está diretamente ligada às políticas de tributação implementadas em 2024. O governo introduziu alíquotas progressivas para os eletrificados: 10% para elétricos, 12% para híbridos plug-in e 15% para híbridos comuns, com aumentos graduais ao longo do ano, atingindo 25% para híbridos em julho de 2024.

Essa medida visa dois objetivos principais:

  1. Desenvolver a cadeia automotiva nacional: Incentivar a produção local de veículos eletrificados e componentes relacionados.
  2. Acelerar a descarbonização: Reduzir as emissões de carbono da frota nacional, em alinhamento com compromissos ambientais.

Contudo, especialistas destacam que a infraestrutura insuficiente, como pontos de recarga, e os altos custos dos veículos eletrificados ainda dificultam sua popularização em larga escala.


O perfil do consumidor brasileiro

Apesar do crescimento na oferta e no interesse por carros eletrificados, a preferência por veículos a combustão ainda prevalece. Fatores como custo inicial elevado, falta de infraestrutura de recarga e a familiaridade com motores a gasolina e etanol mantêm a relevância desse segmento no mercado.

Essa transição para modelos elétricos ocorre de forma gradual:

  • Infraestrutura limitada: Muitos consumidores têm receio de adotar veículos elétricos devido à escassez de estações de recarga em cidades e rodovias.
  • Custo elevado: O preço inicial dos veículos eletrificados, mesmo com incentivos fiscais, ainda é alto em comparação aos modelos tradicionais.
  • Acessibilidade do etanol: Com uma cadeia consolidada, o etanol permanece como uma opção amplamente disponível e econômica.

Desafios

Embora o mercado automotivo brasileiro esteja visivelmente caminhando para a eletrificação, o ritmo da transição dependerá de diversos fatores, como:

  1. Ampliação da infraestrutura de recarga: O aumento de pontos de recarga é essencial para popularizar veículos elétricos no Brasil.
  2. Políticas públicas consistentes: Incentivos fiscais e financiamentos acessíveis são fundamentais para tornar os eletrificados mais competitivos.
  3. Educação do consumidor: A conscientização sobre os benefícios econômicos e ambientais dos veículos eletrificados pode acelerar sua adoção.

O ano de 2024 marcou um avanço significativo na importação e venda de veículos eletrificados no Brasil, mas também deixou claro que a transição será gradual. O mercado de veículos a combustão permanece robusto, atendendo à maioria dos consumidores que ainda enfrentam barreiras para adotar tecnologias eletrificadas.

Para que o país atinja suas metas de descarbonização e promova uma transformação sustentável no setor automotivo, será necessário investir em infraestrutura, reduzir custos e implementar políticas que incentivem a adoção de veículos elétricos. Até lá, o mercado seguirá em um equilíbrio dinâmico entre os modelos eletrificados e a combustão, refletindo as necessidades e limitações do consumidor brasileiro.

O setor automotivo

A Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) desempenha um papel fundamental na representação das montadoras e importadoras de veículos no Brasil, promovendo a competitividade e o desenvolvimento do setor automotivo. Fundada para fortalecer a presença de marcas internacionais no mercado brasileiro, a Abeifa atua na defesa de políticas públicas que incentivem a modernização da frota nacional, incluindo a expansão do mercado de veículos eletrificados. A associação também contribui para debates regulatórios, como a definição de alíquotas de importação e incentivos à sustentabilidade, consolidando-se como uma voz ativa na transição para tecnologias mais limpas e eficientes no país.

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