Teresina, 21 de janeiro de 2025
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Lula destaca cooperação em mensagem de despedida a Joe Biden

Presidente Lula acenando antes de internação no Hospital Sírio-Libanês.
Presidente Lula cumpriu agenda no Planalto antes da cirurgia de emergência. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou uma mensagem nas redes sociais destacando a parceria entre Brasil e Estados Unidos durante os dois últimos anos de governo do presidente Joe Biden. A publicação ocorre em um momento de transição política nos Estados Unidos, com Biden deixando a Casa Branca nesta segunda-feira (20) para dar lugar ao republicano Donald Trump.

Lula enfatizou os avanços alcançados em cooperação bilateral nas áreas de democracia, clima e direitos trabalhistas, reforçando a importância do diálogo entre as duas maiores economias do hemisfério.

Em sua publicação no Instagram, Lula agradeceu a Biden pelo trabalho conjunto em temas cruciais para ambos os países:

“Quero expressar meu reconhecimento ao presidente @joebiden pelo trabalho conjunto ao longo dos últimos dois anos. Nossas ações coordenadas em prol da defesa da democracia, da agenda climática e da parceria pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras demonstraram o quanto Brasil e EUA podem realizar juntos em busca de um mundo mais justo e de um planeta sustentável.”

O presidente brasileiro também relembrou a visita de Biden ao Brasil durante a Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, como um marco nas relações bilaterais.

Avanços diplomáticos

Lula destacou uma das ações recentes de Biden: a retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo, um gesto que reforça os laços entre os Estados Unidos e a América Latina.

“Saúdo também sua decisão de retirar Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo. Desejo muitas felicidades nos anos que estão por vir”, completou Lula.

A mensagem de Lula foi publicada dias antes de Donald Trump reassumir a presidência dos Estados Unidos. A volta do republicano marca uma guinada na política norte-americana, especialmente em temas como mudanças climáticas e cooperação internacional, que estiveram no centro da agenda de Biden.

Especialistas apontam que o governo Lula poderá enfrentar desafios com Trump, especialmente em áreas como comércio, meio ambiente e direitos humanos. Contudo, a mensagem de Lula sinaliza que o Brasil busca manter a diplomacia como pilar de sua política externa.

Com a despedida de Biden, o foco agora se volta para como será a relação Brasil-EUA sob o comando de Trump. Observadores esperam que o Brasil mantenha sua estratégia de diálogo com Washington, mesmo em um cenário político mais polarizado.

A mensagem de Lula reafirma o compromisso do Brasil com a diplomacia e ressalta os frutos de um período de cooperação que, segundo ele, contribuiu para uma agenda global mais inclusiva e sustentável.

Relações Comerciais entre Brasil e Estados Unidos

Além dos avanços diplomáticos e nas questões climáticas, as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos se intensificaram durante a gestão de Biden. Os EUA permanecem como um dos principais parceiros comerciais do Brasil, ocupando o segundo lugar na lista de maiores destinos das exportações brasileiras, atrás apenas da China.

Em 2024, o comércio bilateral entre os dois países registrou um recorde histórico. O Brasil exportou US$ 40,3 bilhões em produtos para os Estados Unidos, um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior, com destaque para setores como petróleo bruto, aeronaves, celulose, café e carne bovina. Por outro lado, as importações brasileiras de produtos norte-americanos, como motores, máquinas e aeronaves, também cresceram, alcançando US$ 40,6 bilhões.

O fortalecimento das relações comerciais foi impulsionado por acordos em áreas como biocombustíveis e tecnologias verdes, além de colaborações no setor de energia renovável. Esses temas foram tratados durante encontros bilaterais que incluíram não apenas Biden e Lula, mas também ministros das respectivas nações.

Com a volta de Donald Trump ao poder, analistas avaliam que as relações comerciais podem enfrentar mudanças. Durante sua gestão anterior, Trump adotou uma postura protecionista e revisou diversos acordos comerciais, o que trouxe desafios para países parceiros, incluindo o Brasil.

Entre as possíveis áreas de tensão estão as negociações sobre tarifas de importação e exportação, além de exigências relacionadas a questões ambientais que impactam setores como a agricultura. Apesar disso, o governo Lula tem reiterado seu compromisso com o fortalecimento do comércio bilateral, independentemente das mudanças no comando da Casa Branca.

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