Brasília – A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais nesta sexta-feira (17) para criticar um editorial do jornal Estado de S. Paulo que classificou como “lambança” a decisão do governo federal de revogar a medida que ampliava as normas de fiscalização sobre o Pix. A deputada defendeu a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e justificou a revogação como uma ação necessária para “evitar danos à economia popular”.
Motivos da revogação
Segundo Gleisi, a disseminação de informações falsas sobre a medida gerou receios infundados entre a população, como a possibilidade de cobrança de taxas sobre o Pix e um aumento de golpes envolvendo o sistema de pagamentos.
“Ao contrário do que diz o editorial do Estadão, o presidente Lula revogou a instrução da Receita sobre o Pix exatamente porque governa o país com muita responsabilidade e seguirá governando. Revogou para evitar os danos à economia popular que a exploração política, a balbúrdia bolsonarista, da medida estava provocando”, escreveu Gleisi.
Críticas ao jornal
Gleisi também acusou o Estadão de ignorar o impacto que a desinformação gerada pela medida estava causando no uso do Pix, ferramenta amplamente utilizada pela população para transferências e pagamentos de forma gratuita e instantânea.
“Diferentemente dos editoriais do Estadão, Lula sabe a diferença entre governar e ser arrogante”, completou a deputada.
O contexto da polêmica
A medida revogada havia sido determinada pela Receita Federal e previa maior fiscalização sobre transações feitas por meio do Pix. A iniciativa, no entanto, foi amplamente criticada por opositores e setores da sociedade que alegavam possíveis impactos negativos, como redução da confiança no sistema e risco de novas cobranças financeiras.
Em resposta, o presidente Lula optou por anular a medida, reafirmando o compromisso de sua gestão em preservar o uso do Pix como ferramenta acessível e segura para os brasileiros.
Reações
O editorial do Estadão criticou a decisão como falta de planejamento do governo, enquanto aliados do Planalto apontaram que a medida foi revogada para proteger o sistema de desinformação e exploração política.
A polêmica expõe mais uma vez os desafios enfrentados pelo governo ao lidar com questões que envolvem tecnologia, fiscalização e comunicação pública. A presidente do PT reforçou a importância do Pix como um instrumento que democratiza o acesso a serviços financeiros e defendeu que sua gestão será pautada pela proteção dos interesses populares.