Teresina, 15 de dezembro de 2024
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Exército colabora com operação e mantém general Braga Netto sob custódia em prisão especial

General Braga Netto sob custódia do Exército na Vila Militar, no Rio de Janeiro.
General Braga Netto está sob custódia do Exército. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Exército Brasileiro anunciou neste sábado que acompanha e colabora com a operação da Polícia Federal (PF) que resultou na prisão do general da reserva Walter Braga Netto, suspeito de envolvimento em uma trama golpista. Em nota oficial, a instituição reafirmou seu compromisso com as investigações conduzidas por órgãos competentes, mantendo uma relação de respeito com as demais instituições da República.

Braga Netto foi detido em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e será mantido sob custódia na 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar, onde cumprirá prisão especial. O general quatro estrelas, o mais alto posto nas Forças Armadas, usufrui da prerrogativa de prisão especial, garantida pela legislação militar, que prevê a reclusão em unidades militares ou locais específicos antes de condenações definitivas.

Nota oficial e postura institucional

O Exército destacou que não comentará o mérito das investigações conduzidas por outros órgãos, mas ressaltou que “tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República”. A postura busca demonstrar equilíbrio e distanciamento institucional diante de uma crise que envolve um de seus membros mais graduados.
Essa posição também reflete o desafio enfrentado pela instituição ao lidar com casos de militares da reserva envolvidos em acusações graves, como a tentativa de golpe de Estado e ações contrárias à democracia. O Exército, como instituição de Estado, busca preservar sua imagem e neutralidade no cenário político.

Justificativa da prisão especial para Braga Netto

A legislação que assegura prisão especial para militares tem como objetivo proteger a integridade física dos detidos, sobretudo em casos de alta repercussão. No caso de Braga Netto, a custódia na 1ª Divisão de Exército reforça a aplicação de protocolos que garantem tanto a segurança do investigado quanto a ordem dentro da instituição.
Especialistas apontam que a detenção de um general quatro estrelas em um caso de tamanha gravidade coloca o Exército em posição delicada, pois pode gerar questionamentos sobre a conduta de militares da ativa e da reserva diante de acusações envolvendo democracia e Estado de Direito.

Investigações e operação da Polícia Federal

A Polícia Federal, com apoio logístico e institucional do Exército, cumpriu um mandado de prisão preventiva, dois de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão contra envolvidos na trama. Braga Netto foi acusado de financiar um grupo que planejava assassinar o ministro Alexandre de Moraes e de tentar obter informações sobre a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

De acordo com a PF, a custódia cautelar de Braga Netto é necessária para evitar interferências nas investigações. A operação também incluiu buscas na residência do general e na do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor direto de Braga Netto e também militar da reserva.

O papel do Exército no contexto democrático

O Exército em mantém uma postura institucional equilibrada em tempos de crise política. A prisão de um general de alta patente como Braga Netto representa um teste para a instituição, que precisa demonstrar seu compromisso com a Constituição e a ordem democrática e busca se posicionar como uma força apolítica e alinhada aos valores republicanos.

No entanto, o desenrolar das apurações e eventuais novas revelações poderão testar ainda mais a capacidade da instituição de preservar sua imagem diante de um episódio que marca a história recente do Brasil.

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