Teresina, 26 de dezembro de 2024
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Austrália proíbe redes sociais para menores de 16 anos e abre debate global sobre regulação digital

Proibição de redes sociais para menores de 16 anos na Austrália.
Falta de regulação fazem crianças usarem as redes sociais no Brasil. Foto: Envato.

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Canberra, Austrália – A Austrália tomou uma medida pioneira ao aprovar um projeto de lei que proíbe crianças e adolescentes menores de 16 anos de acessarem redes sociais como Instagram, TikTok, Facebook, X (antigo Twitter) e Snapchat. A decisão, inédita no mundo, ainda aguarda revisão pela Câmara, mas já conta com apoio do governo para sua aprovação final.

Detalhes da Lei e Implicações para as Plataformas

A lei estipula um prazo de um ano para que as plataformas implementem sistemas robustos de verificação de idade. Caso descumpram a norma, poderão enfrentar multas de até 50 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 195 milhões).

Exceções e motivações da proibição

Algumas plataformas foram isentadas das exigências, como o YouTube, devido à sua ênfase em conteúdo educativo. Aplicativos de mensagens e jogos online também ficaram fora do escopo da lei.

A medida foi motivada por preocupações crescentes sobre os impactos das redes sociais na saúde mental de crianças e adolescentes. O objetivo é oferecer maior proteção ao público jovem, reduzindo a exposição a conteúdos inadequados e algoritmos que promovem comportamentos considerados prejudiciais.

Regulação digital pelo mundo

A Austrália não está sozinha na busca por maior regulação do uso de redes sociais por menores. Outros países e regiões têm implementado regras semelhantes:

Estados Unidos e União Europeia

  • Estados Unidos:
    • Na Flórida, menores de 14 anos são proibidos de acessar redes sociais. Adolescentes entre 14 e 15 anos precisam de consentimento dos pais.
    • Em Nova York, a partir de 2025, será exigido consentimento parental para menores de 18 anos usarem algoritmos de recomendação e haverá limites para notificações noturnas.
  • União Europeia:
    • O bloco exige consentimento parental para processar dados de menores de 16 anos, mas os limites variam. Na Alemanha, a restrição vai até os 16 anos, enquanto França, Itália e outros países adotam limites mais baixos.

Brasil: propostas de regulação em análise

  • Brasil:
    • Em discussão no Senado, um projeto de lei propõe:
      • Verificação de idade;
      • Restrições à publicidade infantil;
      • Remoção de conteúdos de abuso infantil, mesmo sem ordem judicial.

Impacto e Controvérsias: reações das empresas de tecnologia

Empresas como a Meta (controladora do Instagram e Facebook) manifestaram preocupação com as exigências. Um porta-voz da companhia na Austrália destacou que já existem medidas para proteger menores, mas criticou o processo legislativo por ignorar evidências e iniciativas existentes.

O que dizem os especialista?

Especialistas em tecnologia e direitos digitais estão divididos. Alguns elogiam as medidas como um avanço para proteger crianças, enquanto outros alertam para desafios práticos, incluindo:

  • Implementação eficaz;
  • Privacidade dos usuários;
  • Impactos na liberdade de expressão.

Impactos e controvérsias impõem desafios da Implementação

Com a Austrália adotando uma proibição total para menores de 16 anos, o debate sobre regulação digital entra em foco internacional. Governos ao redor do mundo enfrentam o desafio de equilibrar proteção e acesso, e o modelo australiano pode se tornar inspiração ou alerta para outros países.

A medida, que pretende proteger a infância na era digital, reforça a necessidade de diálogo global sobre como garantir segurança e bem-estar para jovens em um ambiente digital cada vez mais presente e influente.

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