O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (PRD), falou pela primeira vez sobre a suspeita de um rombo milionário na Fundação Municipal de Saúde (FMS) em uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (06). Segundo ele, a apuração das possíveis irregularidades foi solicitada pela própria gestão, com o objetivo de garantir transparência e “não colocar nada debaixo do tapete”.
“A investigação na FMS foi uma determinação minha, do Dr. Pessoa”, afirmou o prefeito. Ele destacou o papel do doutor Ítalo Costa, chefe da FMS, que já vinha realizando auditorias internas e abriu o órgão para auditorias externas. “As portas estão sempre abertas para auditores e fiscalizadores externos. Nunca houve omissão”, reforçou.
Transparência e atuação do Ministério Público e Justiça
Dr. Ítalo Costa, presente na coletiva, detalhou que os dados das auditorias já foram levados à Justiça. Desde o início da gestão deste ano, a FMS incorporou o trabalho de quatro auditores da Receita do Município que contribuíram para duas auditorias de grande porte. A primeira já apresentou resultados positivos para a Fundação, mas ainda está em fase de conclusão. A segunda auditoria, por sua vez, revelou algumas irregularidades significativas em um curto período, gerando um relatório parcial.
“Nós fizemos comunicados oficiais aos órgãos competentes, como o Ministério Público Federal, com o intuito de garantir total clareza nos apontamentos e de fortalecer uma investigação ainda mais detalhada,” afirmou Dr. Ítalo. O próximo passo, segundo ele, será uma auditoria ainda mais robusta para identificar o montante e o alcance das irregularidades, assegurando que toda a documentação necessária seja compartilhada com os órgãos de fiscalização e o judiciário.
Auditorias em andamento
Além disso, Dr. Ítalo pontuou que o processo de auditoria é extenso e que ainda não é possível determinar com precisão o período em que os desvios começaram. Com indícios de irregularidades nos últimos dois a três anos, a equipe da FMS trabalha para identificar o momento exato de início desses desvios. Ele também destacou o papel do auditor Esdras Avelino, que, ao chefiar a diretoria de regulação e controle, foi fundamental para detectar as primeiras anomalias, relatando-as imediatamente.
“Ainda não é possível identificar quando começou. Pode ter sido há cinco anos, ou há dez. Esse levantamento será feito no decorrer das auditorias”, explicou Dr. Ítalo Costa, enfatizando que os dados completos serão compartilhados com os órgãos fiscalizadores assim que disponíveis, em nome da transparência e segurança da população.
A gestão do prefeito Dr. Pessoa busca, com as investigações e a colaboração ativa com a Justiça, um compromisso de clareza com o público e com os órgãos de controle, retomar confiança e estabilidade na administração da saúde em Teresina.