A poucos dias da eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada para 5 de novembro de 2024, o cenário segue indefinido entre Kamala Harris e Donald Trump, com pesquisas indicando um empate técnico nos principais estados-pêndulo. O levantamento final do New York Times/Siena College mostra ambos os candidatos praticamente empatados em seis dos sete estados decisivos para o pleito.
Empate nos estados-pêndulo
As pesquisas apontam números bastante próximos entre Harris e Trump nos estados que podem definir o resultado da eleição:
- Carolina do Norte: Kamala Harris 48%, Donald Trump 45%
- Geórgia: 46% para cada candidato
- Michigan: 45% cada
- Nevada: Harris com 48% contra 46% de Trump
- Pensilvânia: 47% para ambos
- Wisconsin: Harris 48%, Trump 45%
A única exceção ao empate técnico é o Arizona, onde Trump tem uma pequena vantagem, com 48% contra 44% de Harris. Com esses resultados dentro da margem de erro, a disputa segue imprevisível em quase todos os estados-pêndulo, que são essenciais para alcançar os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral e vencer a eleição.
Estratégias de última hora
A reta final da campanha de ambos os candidatos está focada em conquistar os eleitores indecisos. A equipe de Donald Trump reforça sua retórica anti-imigração, associada a temas de segurança e economia, buscando captar o apoio de homens brancos e tentando avançar entre jovens negros e latinos. Trump tem marcado presença em comícios em estados estratégicos, como Pensilvânia e Carolina do Norte, e adotado um discurso mais agressivo, criticando Harris e prevendo cenários negativos caso os democratas continuem no poder.
Kamala Harris, por outro lado, aposta em temas sociais, como os direitos das mulheres e a defesa da democracia, tentando mobilizar o eleitorado feminino e atrair republicanos moderados que rejeitam Trump. Harris também tem utilizado o apoio de celebridades e figuras da cultura pop para captar o voto jovem e expandir sua base. Ela intensificou sua agenda em estados-pêndulo, como Michigan e Nevada, focando em discursos sobre direitos reprodutivos e racismo.
Clima de incerteza
Os analistas indicam que a eleição pode ser decidida por margens muito pequenas, como nas eleições de 2020 e 2016, ressaltando a polarização do eleitorado e a volatilidade nas intenções de voto. Além disso, fatores como o comparecimento às urnas e os resultados das estratégias de campanha de última hora ainda adicionam imprevisibilidade ao cenário.
Com tamanha disputa nos estados-pêndulo e a ausência de um claro vencedor nas pesquisas, a expectativa é que os resultados oficiais possam levar dias para serem completamente apurados, prolongando a ansiedade em torno da definição do próximo presidente dos Estados Unidos.
