Teresina, 31 de outubro de 2024
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Bolsonaro pede “Coração” a Lula para anistiar presos dos atos de 8 de janeiro

Ex-presidente Jair Bolsonaro

Na última terça-feira (29), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo direto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que conceda anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Em tom emotivo, Bolsonaro argumentou que muitos dos presos, segundo ele, foram injustamente detidos e que a maioria deles é composta por pessoas humildes que acreditavam estar defendendo o país. “Será que você não tem coração?”, questionou o ex-presidente, tentando sensibilizar Lula em meio a um cenário político marcado por divisões.

Bolsonaro, que fez essas declarações durante uma visita ao Senado, pontuou que prefere que a anistia seja articulada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e não por ele ou pelo PL. “Eu quero que alguém do PT seja o pai da Anistia e que o Lula tomasse a iniciativa de anistiar”, afirmou Bolsonaro, em declaração direcionada aos parlamentares e à imprensa. O ex-presidente reiterou que o pedido não busca “paternidade” sobre o projeto, mas sim uma saída que traga alívio para as famílias dos detidos. “Essas pessoas estão pagando um preço altíssimo, e acredito que muitos estão ali sem motivo algum para estarem presos”, completou Bolsonaro.

Discussão no Congresso e divisão política

Bolsonaro também se reuniu com Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, para discutir o projeto de anistia, que atualmente enfrenta dificuldades de tramitação no Congresso. A proposta, que busca perdoar politicamente aqueles que participaram dos atos de 8 de janeiro, encontra resistência entre os congressistas e polariza a opinião pública. Enquanto alguns enxergam na anistia um gesto de pacificação e reconciliação nacional, outros consideram que ela representaria um retrocesso jurídico, dado o impacto dos atos nas instituições democráticas do país.

A fala de Bolsonaro tem gerado repercussão em diferentes esferas políticas e sociais. Entre seus apoiadores, o pedido é visto como um movimento para aliviar a situação dos detidos e apaziguar os ânimos. Porém, críticos interpretam o apelo como uma pressão política sobre Lula e seu governo, que segue investigando e processando os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorridos em Brasília.

Reações e perspectivas no Congresso

O pedido de anistia feito por Bolsonaro a Lula será debatido nas próximas semanas, mas sua aprovação está longe de ser consenso no Congresso. Alguns parlamentares defendem que o perdão ajudaria a pacificar as tensões políticas, enquanto outros argumentam que a medida colocaria em xeque a responsabilidade sobre atos violentos e antidemocráticos. Nesse contexto, o tema envolve questões profundas sobre a justiça e os valores democráticos do país

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