No acirrado debate do segundo turno pela prefeitura de São Paulo, promovido pela Record e pelo Estadão, os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) protagonizaram um embate repleto de acusações e divergências sobre temas centrais para a cidade, como segurança pública e ética na política. O atual prefeito, Ricardo Nunes, acusou Boulos de “gostar de bandidagem”, em uma referência direta às suas posições sobre a atuação da polícia. Em resposta, Boulos afirmou que “bandido tem que estar preso, não em debates”, aludindo a casos de corrupção envolvendo a administração de Nunes.
Segurança pública como principal ponto de confronto
A segurança pública se tornou o principal ponto de discordância entre os candidatos. Nunes defendeu a necessidade de políticas mais rígidas e uma atuação contundente da polícia para enfrentar a criminalidade em São Paulo. Segundo ele, “não se pode tolerar o crime”, e sua gestão estaria empenhada em fortalecer as forças de segurança.
Boulos, por outro lado, rebateu com propostas focadas em justiça social e prevenção ao crime, além de criticar o que classificou como “excessos” da atual política de segurança, que, segundo ele, falha em proteger os mais vulneráveis. O candidato do PSOL também aproveitou para atacar a gestão de Nunes, mencionando casos de corrupção que, de acordo com ele, comprometem a ética na administração pública e prejudicam a confiança da população.
Clima de tensão a poucos dias da votação
O debate, realizado a menos de duas semanas do segundo turno, refletiu o clima de polarização política que marca a reta final da campanha. Com a votação marcada para o dia 27 de outubro, Nunes e Boulos tentam consolidar suas bases eleitorais e atrair os votos dos indecisos. A troca de acusações, que continuou ao longo do debate, pode influenciar de forma decisiva o resultado da eleição.
Repercussão das acusações
As declarações de ambos os candidatos repercutiram nas redes sociais, com apoiadores de Nunes destacando seu compromisso com a segurança pública, enquanto os defensores de Boulos criticaram a postura do prefeito e enfatizaram a necessidade de uma gestão mais transparente e voltada para a inclusão social.