Em meio à transição de governo em Teresina, o secretário municipal de Governo, Michel Saldanha, anunciou a suspensão temporária da convocação de concursados aprovados em processos seletivos municipais. A decisão foi tomada sob orientação do prefeito Dr. Pessoa e tem gerado insatisfação entre servidores e aprovados, que aguardavam a nomeação. O anúncio veio durante uma coletiva de imprensa e rapidamente repercutiu em diversos setores da administração pública.
Justificativa para a suspensão da convocação de concursados
De acordo com Michel Saldanha, a suspensão segue a determinação de Dr. Pessoa e tem como objetivo garantir que o futuro governo de Silvio Mendes, que assumirá a gestão em 2025, tenha autonomia para avaliar as contratações. A medida visa evitar sobrecarregar as finanças da prefeitura e garantir uma transição de poder mais suave.
“Essa decisão é necessária para permitir que a nova gestão tenha a liberdade de reavaliar as contratações e priorizar de acordo com suas necessidades e planejamento financeiro”, afirmou Saldanha, explicando que a medida também considera os limites fiscais impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Impacto sobre os concursados
A suspensão da convocação de concursados afetou centenas de aprovados em concursos públicos que estavam prestes a ser convocados para assumir seus cargos na administração municipal. Muitos desses candidatos já se preparavam para iniciar suas atividades, o que gerou insatisfação e mobilizou sindicatos e associações de servidores. Eles acusam a gestão atual de adiar indefinidamente a convocação, prejudicando o planejamento de vida dos aprovados.
Protestos nas redes sociais e entre os servidores refletiram o descontentamento com a decisão. “Acreditamos que essa decisão está adiando algo que já deveria ter acontecido. A transição não pode ser usada como desculpa para desrespeitar quem se dedicou e foi aprovado”, declarou um dos representantes dos aprovados.
Repercussão política
A decisão de Michel Saldanha gerou críticas tanto da oposição quanto de aliados. Nos bastidores, parlamentares que apoiam o governo eleito de Silvio Mendes questionaram a necessidade da suspensão, alegando que a convocação já havia sido prevista e que a nova gestão poderia administrar essas nomeações sem comprometer as finanças municipais.
A oposição também argumentou que a medida pode ser interpretada como uma forma de dificultar a transição e criar mais desafios para o governo que assumirá em janeiro. No entanto, a gestão atual defende que a suspensão é necessária para garantir um processo de transição responsável e sem comprometer a estabilidade fiscal da prefeitura.
Expectativas para a nova gestão
A responsabilidade de retomar ou manter a suspensão das convocações ficará nas mãos de Silvio Mendes, que terá de lidar com a pressão de resolver essa questão assim que assumir o cargo. Com setores importantes da administração, como saúde e educação, precisando de reforço em seus quadros, há uma grande expectativa sobre como o futuro prefeito vai conduzir o processo.
Enquanto isso, os aprovados continuam à espera de uma definição, aguardando que a nova administração de Teresina reveja a suspensão e cumpra as nomeações.