Teresina, 3 de novembro de 2024
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PSDB, PDT e Solidariedade discutem fusão para superar crise

Partidos se movimentam para evitar impactos da cláusula de barreira após derrota nas eleições de 2024

Após a derrota expressiva nas eleições de 2024, líderes do PSDB, PDT e Solidariedade começaram a discutir a possibilidade de uma federação partidária ou até uma fusão entre as legendas, buscando sobreviver à cláusula de barreira. Essa regra, que exige um mínimo de votos nas eleições para a Câmara dos Deputados, é essencial para que os partidos mantenham o acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV.

Implementada em 2017, a cláusula já impactou partidos menores e agora ameaça tradicionais siglas da política brasileira.

O PSDB, que vive uma crise há décadas, enfrenta o risco de ser diretamente afetado. Em 2022, a legenda encolheu sua bancada federal para 13 deputados e, nas eleições deste ano, perdeu quase metade dos seus prefeitos, caindo de 520 eleitos em 2020 para 269. A sobrevivência do partido em 2026 dependerá da sua capacidade de superar a cláusula de barreira.

O vereador de Teresina, Edson Melo, figura histórica do PSDB, ressalta que o partido precisa decidir se será governo ou oposição, além de definir se se alinhará com partidos de centro-esquerda ou centro-direita. Segundo Melo, o PSDB do Piauí, que já teve força na capital, sofreu um enfraquecimento natural após a derrota de Kleber Montezuma em 2020 e a morte do ex-prefeito Firmino Filho em 2021. “Se decidir com partidos mais à direita, tô dentro. Se com partidos aliados ao PT, tô fora”, declarou.

No cenário nacional, o PSDB ainda se encontra indeciso. Em estados como Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Pernambuco e São Paulo, o partido está sem rumo definido. “Em São Paulo, que já foi o maior reduto do PSDB, o resultado nas urnas foi desastroso”, lamentou Edson Melo. Ele destacou que desde a eleição de 2018, durante o governo Bolsonaro, o PSDB vive uma indefinição política, não sabendo se posicionar como governo ou oposição. No Piauí, a imposição do Diretório Nacional de uma aliança com o PT sinaliza o fim do partido, segundo o vereador.

Enquanto isso, o PDT segue em fase de discussões internas. Evandro Hidd, vereador de Teresina e presidente estadual do PDT, afirmou que ainda é cedo para se falar em federação. “Há conversas, mas nada foi encaminhado. Qualquer decisão será tomada no próximo ano”, disse Hidd, ressaltando que o partido avalia as possibilidades, mas sem pressa.

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