Teresina, 21 de novembro de 2024
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Mauro Cid comparece fardado à CPI do 8 de Janeiro e gera controvérsia

Mauro Cid comparece à CPI do 8 de janeiro fardado.
Mauro Cid, ex-auxiliar principal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), compareceu em farda para prestar seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar principal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), compareceu em farda para prestar seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro. A presença de Cid em traje militar nesta terça-feira (11) gerou desconforto entre membros das Forças Armadas e do Ministério da Defesa, que temiam que a situação aprofundasse a crise ligada à acusação de golpismo.

Solidariedade e críticas

Apesar da controvérsia em torno do traje, Cid tem recebido apoio de colegas de carreira, que também criticam os métodos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A respeitabilidade do general Mauro Cid, pai do tenente-coronel, também tem peso no cenário. Segundo relatos, o general está insatisfeito, acreditando que seu filho foi abandonado pelo ex-presidente.

Depoimento sob suspeita

O tenente-coronel Mauro Cid está detido desde maio, suspeito de falsificar cartões de vacinação dele mesmo, de sua esposa, da filha mais nova de Bolsonaro e do ex-presidente. A ministra do Supremo Cármen Lúcia determinou que Cid deve comparecer à sessão, mas tem o direito de permanecer em silêncio para não produzir provas contra si mesmo.

Embora convocado principalmente para falar sobre as mensagens trocadas após a vitória do atual presidente Lula, em particular com o coronel do Exército Jean Lawand Júnior, Cid pode ser questionado sobre uma variedade de assuntos, desde as joias trazidas da Arábia Saudita até as compras da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

No final do mandato de Bolsonaro, Cid chegou a enviar um membro da ajudância de ordens para o aeroporto de Guarulhos em busca dos presentes apreendidos pela Receita Federal em 2021.

Investigações financeiras

Outro ponto importante de sua convocação é o questionamento sobre transações suspeitas descobertas pela Polícia Federal após a quebra de seu sigilo telemático e bancário. Os parlamentares devem indagar sobre a origem do dinheiro utilizado por ele e outros auxiliares para pagar contas de Michelle Bolsonaro e por que foram realizadas transações em dinheiro vivo e saques fracionados.

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