Teresina, 30 de abril de 2024
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IPCA regista deflação em junho enquanto pressão aumenta para redução da taxa Selic

IPCA deve ser pressionado em julho pela volta de impostos federais sobre combustíveis.
IPCA apresenta queda em junho, representando deflação.
Expectativa do mercado é de que o índice volta a subir em julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do Brasil, registrou uma deflação de 0,08% em junho, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado está abaixo da mediana das projeções dos analistas consultados pela agência Bloomberg, que previam uma queda de 0,10%. Com isso, a taxa acumulada do IPCA nos últimos 12 meses chegou a 3,16%.

Meta de inflação e pressão para redução da Selic

A meta de inflação para 2023, definida pelo Banco Central (BC), é de 3,25%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%). O recuo do IPCA está levando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados a pressionar o BC para uma redução na taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

O Comitê de Política Monetária do BC (Copom) reúne-se novamente nos dias 1º e 2 de agosto para decidir o nível da Selic. Antes do anúncio do IPCA de junho, os analistas do mercado financeiro já previam o início dos cortes da taxa básica em agosto.

A manutenção da Selic em dois dígitos tem sido a estratégia do BC para conter os preços e ancorar as expectativas de inflação. No entanto, o efeito colateral esperado é a desaceleração da atividade econômica, uma vez que o custo do crédito se torna mais alto para investimentos de empresas e consumo das famílias, uma situação que preocupa o presidente Lula e seus aliados.

Projeções e cenário futuro

Na mediana, os analistas do mercado financeiro projetam um IPCA de 4,95% acumulado até dezembro deste ano, conforme a edição mais recente do boletim Focus, divulgado pelo BC. Isso significa que, por enquanto, as estimativas indicam IPCA acima do teto da meta para 2023 (4,75%). No entanto, a diferença entre as projeções e o limite da medida de referência vem diminuindo nas últimas semanas.

As projeções de inflação têm sido revistas para baixo devido ao enfraquecimento dos preços no atacado. No entanto, o IPCA de julho deve ser pressionado pelo retorno da cobrança integral de tributos federais sobre combustíveis. Na semana passada, o litro da gasolina teve alta de 5,8% nos postos brasileiros, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O impacto das deflações registradas no segundo semestre de 2022 também deve sair da base de cálculo do IPCA acumulado nos 12 meses até o final de 2023, contribuindo para uma variação maior até dezembro. Este quadro foi influenciado pelas reduções artificiais de preços de produtos e serviços, como gasolina e energia, através do corte de tributos promovido pelo governo Jair Bolsonaro no período pré-eleitoral do ano passado.

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