Teresina, 22 de novembro de 2024
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Para equilibrar apoio na Câmara, Lula troca ministra do Turismo por indicado do União Brasil

Presidente Lula deve trocar ministra do Turismo ainda esta semana.
A mudança no Ministério do Turismo deve ocorrer ainda esta semana. Apeser do próprio Palácio do Planalto ter negado, integrandes do União Brasil dão como certa a indicação do partido para a pasta. Presidente Lula procura estabilidade na Câmara Federal e o caminho imediato é o gigante União Brasil.

Em resposta à pressão política do União Brasil, terceiro maior partido da Câmara com 59 deputados, o presidente Lula deve exonerar a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, para dar lugar ao deputado federal Celso Sabino (UB-PA). Apesar das declarações de Carneiro e do Palácio do Planalto garantindo que “está tudo sob controle”, rumores indicam uma mudança iminente.

Segundo fontes, Daniela permaneceria no cargo apenas para fazer uma transição honrosa. Na reunião ministerial do dia 15, ela deve apresentar um balanço de suas ações, pavimentando o caminho para uma mudança que terá como mote as adequações políticas.

A transferência de Daniela Carneiro para o partido de seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho Carneiro, filiado ao Republicanos, é um dos aspectos que reforçam o descontentamento da bancada federal do União Brasil. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), declarou em março deste ano que o partido se manteria independente e não apoiaria Lula.

Com a sexta maior representação na Câmara, somando 41 deputados federais, a “independência” do Republicanos é justamente o que Lula deseja evitar. O PL, partido do presidente Bolsonaro e com a maior bancada, contabilizando 99 deputados federais, tem sido uma grande dor de cabeça para Lula, assim como o Progressistas, partido central do Centrão. Liderado pelo senador Ciro Nogueira, crítico assíduo de Lula, o Progressistas adiciona 49 votos “independentes” ao cenário.

Para o presidente Lula, a acomodação do União Brasil surge como solução imediata para equilibrar o apoio ao seu governo na Câmara Federal. Visando mais estabilidade nas próximas votações, Lula aposta na maioria dos 59 deputados do partido. A medida seria também uma maneira de reduzir a dependência do presidente da Câmara, Arthur Lira, do Progressistas.

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