Teresina, 12 de outubro de 2024
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Ameaça de calote nos EUA e o dilema sobre o teto da dívida

Líderes republicanos e democratas nos EUA enfrentam uma corrida contra o relógio para evitar um calote catastrófico do país. O acordo bipartidário sobre o teto da dívida enfrenta resistência de ambos os lados, enquanto o prazo se aproxima. Saiba mais sobre a controvérsia e as concessões mútuas envolvidas.

Líderes republicanos e democratas nos Estados Unidos estão em uma corrida contra o relógio para evitar um calote catastrófico do país. De acordo com o Departamento do Tesouro, os EUA começarão a ficar sem recursos a partir de 5 de junho. O projeto de lei, que surgiu de um acordo bipartidário liderado pelo presidente Joe Biden e pelo presidente da Câmara de Representantes, Kevin McCarthy, enfrenta resistência tanto de democratas progressistas quanto de republicanos ultraconservadores, conforme relatado pelo G1 e AFP.

O que é importante você saber

  1. Ameaça de Calote: Líderes republicanos e democratas nos EUA estão trabalhando para evitar um calote catastrófico do país, que pode começar a ficar sem recursos a partir de 5 de junho.
  2. Desacordo Bipartidário: O projeto de lei, originado de um acordo bipartidário, enfrenta resistência tanto de democratas progressistas quanto de republicanos ultraconservadores.
  3. Teto da Dívida: A proposta envolve a suspensão do “teto” da dívida federal, atualmente em US$ 31,4 trilhões, por dois anos, permitindo que o governo continue tomando dinheiro emprestado e permaneça solvente.
  4. Concessões Mútuas: O acordo representa uma série de concessões mútuas entre republicanos e democratas. Biden inicialmente se recusou a negociar com os republicanos, enquanto os republicanos desejavam cortes maiores nos gastos públicos.
  5. Reação da Oposição: A oposição republicana e democrata expressou insatisfação com o acordo. A aprovação do projeto de lei pode enfrentar obstáculos tanto na Câmara quanto no Senado.
  6. Futuro Incerto: A conclusão do processo legislativo está perigosamente perto do prazo de 5 de junho, após o qual os EUA podem começar a ficar sem recursos. O resultado dessas negociações terá implicações significativas para a economia global.

Controvérsia do teto da dívida

Os republicanos ultraconservadores acreditam que McCarthy deveria ter garantido cortes ainda maiores nos gastos públicos em troca do aumento do limite da dívida dos Estados Unidos. A medida é necessária para evitar uma moratória e garantir o funcionamento do Estado federal. Por outro lado, a ala mais à esquerda do Partido Democrata também manifesta sua insatisfação com a decisão de Biden de aceitar cortes nos gastos públicos.

Busca por apoio

Biden, confiante nas possibilidades do projeto de lei, pediu aos democratas que tenham alguma hesitação que “falem” com ele. Biden e McCarthy esperam que o texto seja aprovado na Câmara, dominada pelos republicanos, antes de ir para o Senado, de maioria democrata. No entanto, o grupo dos insatisfeitos pode tentar adiar o processo.

Acordo bipartidário

O acordo bipartidário propõe suspender o chamado “teto” da dívida federal, hoje em US$ 31,4 trilhões (em torno de R$ 157 trilhões na cotação atual), por dois anos. Isso permitiria que o governo continue tomando dinheiro emprestado e permaneça solvente, além de atravessar a próxima eleição presidencial de 2024 sem outra crise similar.

Concessões mútuas

Ambos os lados reivindicaram a vitória após o acordo. Biden negou ter feito qualquer tipo de compromisso em relação ao teto da dívida, enquanto McCarthy chamou o acordo de “série histórica de vitórias”. No entanto, o acordo representa uma série de concessões mútuas. Biden inicialmente se recusou a negociar com os republicanos, acusando-os de tomarem a economia como refém. E os grandes cortes que os republicanos queriam não aparecem no texto, apesar de os gastos – salvo no caso da Defesa – permanecerem estáveis no ano que vem e subirem apenas em 2025.

Reação da oposição

A primeira nota estridente da oposição republicana veio do representante Dan Bishop, membro da bancada ultraconservadora House Freedom Caucus, que criticou McCarthy por alcançar “quase zero”. Ao mesmo tempo, um membro do House Progressive Caucus, Ro Khanna, afirmou que muitos democratas se perguntam se vão apoiar o acordo. “O acordo representa um compromisso, o que significa que nem todosconseguem o que querem. Essa é a responsabilidade de governar”, resumiu Biden.

Futuro incerto da Lei

Após a divulgação do texto final no domingo (28), os membros da Câmara terão 72 horas para estudá-lo antes de votar. A estreita maioria de McCarthy na Câmara exigirá um apoio significativo dos democratas para equilibrar a dissidência na oposição. No Senado, existe a possibilidade de os senadores tentarem obstaculizar a aprovação do projeto de lei com emendas que deixarão a conclusão do processo perigosamente perto de 5 de junho.

A situação atual nos EUA ilustra a complexidade das negociações políticas e a necessidade de compromisso para evitar uma crise econômica. O resultado dessas negociações terá implicações significativas não apenas para a economia dos EUA, mas também para a economia global, dada a importância do dólar como moeda de reserva mundial. A medida que o prazo de 5 de junho se aproxima, o mundo estará observando atentamente para ver se os líderes americanos podem chegar a um acordo e evitar um calote sem precedentes da dívida americana.

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