Teresina, 3 de maio de 2024
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Teresina busca um líder político três décadas após Wall Ferraz e dois anos depois de Firmino Filho

Após a morte de Firmino Filho, ex-prefeito de Teresina, o cenário político da cidade se fragmentou, e a busca por um líder político se intensifica. A disputa pela herança política de Firmino e a falta de um sucessor à altura têm levado a disputas internas entre partidos e indecisões sobre os candidatos. Enquanto isso, Teresina busca um novo líder para guiar a cidade. Saiba mais sobre o legado de Firmino Filho, as disputas internas e as incertezas em relação ao futuro político de Teresina
Eleições 2024 em Teresina. Políticos disputam o legado do ex-prefeito Firmino Filho. Há 30 anos ele foi o herdeiro de Wall Ferraz
Wall Ferraz e depois Firmino Filho: Teresina está sem um líder entre os tucanos.

Este ano marca o 30º aniversário da entrada de Wall Ferraz no Palácio da Cidade como prefeito de Teresina, em sua última eleição para o cargo. Wall, que faleceu dois anos depois, em março de 1995, deixou um legado político que ainda ressoa na capital do Piauí.

Em 1996, um ano após a morte de Wall, o PSDB, seu partido, estava em busca de um sucessor. A escolha recaiu sobre o então desconhecido secretário de Finanças do município, Firmino Filho. Com apenas 33 anos, o jovem economista foi eleito prefeito de Teresina, marcando o início de sua carreira política.

Firmino Filho garantiu por mais de duas décadas a união do grupo político. Com êxito, lançou e elegeu Silvio Mendes (2004), elegeu-se vereador (2008), deputado estadual (2010), retomou a prefeitura do ex-aliado Elmano Férrer (2012), foi reeleito em 2016, ano em que se deparou com o adversário que encarnaria a derrota do PSDB em 2020.

Após o falecimento de Firmino Filho, o PSDB tem enfrentado dificuldades para identificar um sucessor à altura. O capital eleitoral, outrora robusto, agora se fragmenta em meio a disputas internas que ameaçam diluir o legado das gestões anteriores.

Agora, aliados e adversários disputam seu legado.

Trajetórias políticas distintas e um destino improvável

Naquele mesmo ano, em 1996, no município de Lagoinha do Piauí, o médico José Pessoa Leal, conhecido como Dr. Pessoa, não conseguiu se eleger prefeito. Com trajetórias políticas distintas, Firmino e Dr. Pessoa se encontrariam 20 anos depois, em 2016, em uma disputa pela prefeitura de Teresina.

Dr. Pessoa cruza o caminho do PSDB

Eleição de 2016: primeiro susto dos tucanos

Firmino Filho, que já havia sido eleito prefeito de Teresina três vezes, buscava um quarto mandato em 2016. Dr. Pessoa, por outro lado, havia sido eleito vereador da capital e deputado estadual. Firmino venceu a eleição. Firmino conquistou o quarto mandato com 220 mil votos. Dr. Pessoa, derrotado no primeiro turno, obteve 170 mil votos.

Aquela votação expressiva de Dr. Pessoa sinalizava uma mudança no cenário político de Teresina.

A amarga derrota do PSDB em 2020

Em 2020, o caminho dos dois se cruza novamente. Aquela eleição marcou um ponto de inflexão para o PSDB, com Firmino Filho, por inflluência interna, escolhendo Kleber Montezuma como candidato, um nome menos conhecido que enfrentou uma forte oposição.

Os tucanos ainda acreditavam na influência estilo político Wall Ferraz – o gestor pouco simpático, menos político e mais técnico. A fórmula havia dado certo com Sílvio Mendes em 2004. Mas, na verdade, só havia sido colocada em prática com ele, naquela eleição. 

Em 2020, não funcionou. O cenário era de insatisfação, polarização e lockdown por casua da pandemia. Mesmo com a influência máquina, mesmo com muitos partidos e candidatos a vereador ao seu lado. Mesmo o PT lançando candidato e outros que surgiam como novidade. Os votos divididos foram os da situação, não os da oposição.

O PSDB foi derrotado pelo improvável candidato Dr. Pessoa.

A história se repete

Três anos após a morte de Firmino Filho, sua herança política está fragmentada. Silvio Mendes, o último prefeito eleito com o apoio de Firmino, desagradou pessoas próximas ao ex-prefeito ao longo dos anos. Um grupo de ex-aliados, liderado por um primo de Firmino, se aliou a Rafael Fonteles na eleição estadual de 2022 – isso contribuiu para fragmentar ainda mais a força eleitoral PSDB.

A herança política de Firmino Filho

A disputa pelo legado de Firmino Filho está em pleno andamento. Sua filha, Bárbara, eleita deputada estadual pelo Progressistas em 2022, é pré-candidata a prefeita e, em tese, seria a única capaz de agregar o legado de Firmino.

Vez por outra lemos matérias na imprensa que anunciam adesão de “firministas” a um ou outro pré-candidato do PT em Teresina. É a disputa velada pela herança do ex-prefeito. E pelo votos que ela pode trazer.

Disputas internas e indecisão

O cenário político de Teresina está em constante mudança. Os adversários de Dr. Pessoa parecem pouco preocupados com ele. A verdadeira disputa está acontecendo dentro dos próprios partidos de oposição, que se dividem entre dois grupos: o de Rafael Fonteles, representado pelo PT, e o de Ciro Nogueira, representado pelo Progressistas.

Concorrência no PT

No PT, três pré-candidatos: Franzé Silva, o presidente da Assembleia. Dr. Vinícius Nascimento e Fábio Novo, deputados estaduais. Mas já se começa a falar de um quarto nome, guardado a sete chaves pelo governador Fonteles.

Rumo Incerto no Partido Progressistas

No Progressistas, dois nomes: Bárbara do Firmino e Silvio Mendes. Por fora, corre o possível convite feito pelo Dr. Pessoa a Elmano Férrer, que está também no Progressistas. Pessoa teria dito ao ex-senador que caso esteja inviabilizado, Elmano seria o nome apoiado por ele.

O ex-senador, segundo apurado junto a fontes, teria respondido: “ele tem que estar bem avaliado para alguém querer receber o apoio dele”. A cautela que sobra em Elmano Férrer parece faltar da parte de Jeová Alencar. O deputado estadual e correligionário de Dr. Pessoa já não consegue esconder sua vontade de ser candidato a prefeito no lugar daquele. 

Confusão à vista no Republicanos

Enquanto o PT e o Progressistas ainda não definiram seus candidatos, a mesma incerteza permeia o Republicanos. Os críticos do Dr. Pessoa afirmam que a cidade parece estar sem prefeito. Na realidade, a situação é tal que nem mesmo um candidato claro se destaca no cenário atual.

Neste cenário, Jeová Alencar se fortalece a cada dia dentro da Prefeitura de Teresina. E mais do que disposto, ele já teria o apoio interno e as ferramentas necessárias para garantir seu nome na disputa no lugar do prefeito Dr. Pessoa.

Decisões firmes no MDB

Enquanto os outros partidos e a prefeitura parecem indecisos sobre o futuro, Themístocles dá sinais de que já encontrou o caminho a seguir. Até que os outros decidam, o MDB e o PSD parecem já ter tomado uma decisão.

Themístocles tem agido silenciosamente nos bastidores, construindo o caminho para uma chapa MDB-PSD com seu filho, o deputado federal Marco Aurélio (PSD), como futuro candidato a prefeito de Teresina. Themístocles tem feito fortes investidas para filiar o médico Paulo Márcio no MDB, visando tê-lo como vice-prefeito.

Enquanto os outros estão indecisos, Themítocles lidera e decide. Parece que o vice-governador entendeu que a disputa não é apenas eleitoral, mas uma questão de liderança do processo político na capital.

O futuro político de Teresina

A morte trágica de Firmino Filho deixou um sentimento de ausência nos teresinenses e uma dívida para com alguém que dedicou sua juventude à cidade. A verdade é que a cidade não só perdeu um prefeito, mas também um candidato.

A ausência de Firmino Filho ainda é sentida, e a disputa por sua herança política continua.

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