O deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), eleito presidente da CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), se tornou alvo de uma investigação da Polícia Federal. A apuração, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), está relacionada a suspeitas de que Zucco teria incentivado atos antidemocráticos no ano passado, após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Investigação em andamento
Na última quarta-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes encaminhou à Polícia Federal uma representação apresentada ao Ministério Público Federal contra Zucco, solicitando a continuidade das investigações. De acordo com o despacho de Moraes, a representação aponta que o parlamentar “estaria perpetrando crimes mediante patrocínio e incentivo a atos antidemocráticos, seja em território gaúcho, seja na cidade de Brasília”.
Essa não é a primeira vez que Zucco se vê envolvido em uma investigação relacionada a atos controversos. No ano passado, o deputado já havia sido investigado por suposto apoio ao fechamento de estradas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições. Publicações feitas por Zucco em suas redes sociais após o pleito também estão sendo alvo de apuração. O despacho de Moraes foi divulgado antecipadamente pela revista Veja e também obtido pelo jornal O Globo.
Origem do caso e posicionamento de Zucco
O caso foi remetido ao ministro Alexandre de Moraes pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, devido ao fato de concentrar uma série de investigações relacionadas ao tema no Supremo.
Em uma publicação em suas redes sociais no último sábado, Zucco atribuiu a investigação a uma suposta motivação política, levando em consideração que a decisão do STF ocorreu na mesma semana em que a CPI do MST foi instalada. O deputado afirmou que não há nada em termos jurídicos que possa preocupá-lo e que acredita se tratar de uma resposta política ao trabalho que a CPI irá desenvolver.
O desenrolar dessa investigação e suas eventuais repercussões no âmbito político ainda estão por serem definidos. As próximas etapas da apuração serão conduzidas pela Polícia Federal, com o acompanhamento do STF, e poderão trazer novos desdobramentos ao caso.