Policiais penais do Piauí estão, desde o mês de março, no estado do Rio Grande do Norte, atuando na Força de Cooperação Penitenciária. Paralelo às ações de segurança no sistema prisional, os profissionais também estão participando de atividades de conscientização e educação com crianças e jovens de escolas públicas.
Os servidores da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) foram ao Rio Grande do Norte para somar aos demais policiais de todo o Brasil que estão atuando nas unidades penais potiguares a fim de restabelecer a ordem, a disciplina e a segurança no sistema prisional depois de um momento de crise na segurança pública do estado.
A ação educativa nas escolas públicas com crianças e jovens faz parte de uma ideia de aproximar a comunidade da polícia, o projeto Salvando na Base, criado pelo policial penal de São Paulo, Hélio Santana.
Para o policial penal do Piauí Rafael Magalhães, o projeto colocado em prática tem por objetivo a prevenção. “Eu abracei o projeto para aprender e também levar para o Piauí. Aqui, no Rio Grande do Norte, já visitamos algumas escolas e muitas estão interessadas. Estamos conhecendo crianças de três anos até adolescentes de 17 e 18 anos, mostrando a outra face da polícia. O jovem e a criança tem que entender a polícia como algo acolhedor e inspiradora”, ressaltou o policial piauiense.
Outra piauiense que está envolvida nesse projeto é Viviane Soares. A policial penal do Grupo Tático Prisional (GTP) relata que os policiais têm sido bem prestigiados pela comunidade.
“Nesse projeto nós temos vivenciado situações em que somos muito bem acolhidos. Estamos mostrando a outra face da polícia, amiga das crianças e da sociedade. Com o nosso trabalho, além de trazer mais segurança para as escolas, estamos fazendo palestras sobre temas relevantes para os jovens e atividades lúdicas para as crianças. Com isso, temos desmitificado algumas situações sobre a nossa atuação e temos conseguido uma maior aproximação com a sociedade, por meio dos pais e do corpo docente. É muito desafiador e, ao mesmo tempo, bacana, pois nos revigora e permite continuar lutando pelo nosso propósito que é construir uma sociedade mais tranquila e justa”, disse a policial piauiense.