A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da Superintendência de Atenção Primária à Saúde e Municípios, realizou, nesta segunda-feira (17), o lançamento do programa “Vigilância em Dia”. O objetivo é obter informações ainda mais precisas sobre a real situação da saúde da população piauiense. Com os dados, cada município conseguirá identificar fatores de risco e traçar estratégias adequadas para enfrentar essas situações, aprimorando os serviços de saúde em todos os 224 municípios do estado.

Durante o evento também está tendo ainda uma capacitação dos gestores municipais sobre as arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos, sendo as mais comuns em ambientes urbanos a Dengue, Zika e Chikungunya).

O secretário de Estado da Saúde, Antônio Luiz, destacou que quanto mais bem estruturado e qualificado for o trabalho da vigilância em saúde, mais positivos serão os resultados dos serviços prestados pelo estado. “O trabalho da vigilância em saúde é de suma importância para a prevenção de problemas de saúde e a redução de gastos. Além disso, queremos promover uma atuação integrada das áreas para um melhor funcionamento dos serviços de saúde no nosso estado”, ressaltou o gestor.

O evento, que segue até terça-feira (18), conta com as presenças de gestores municipais de saúde, profissionais da vigilância e imunização, que estão sendo apresentados aos dois novos painéis de vacinação, disponíveis no site da Sesapi, que farão o monitoramento de vacinas no Piauí, sendo um voltado para os imunizantes de rotina da população e outro com o foco na vacinação contra a Covid-19.

Leila Santos, superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios da Sesapi, destaca a importância do trabalho de qualificação, bem como a atuação integrada dos diversos setores da saúde no trabalho de fortalecimento das práticas de vigilância em saúde. “Este trabalho integrado vai nos permitir ter resultados mais impactantes dentro das ações da vigilância em saúde nos 224 municípios piauienses”, pontuou.

Dirceu Campelo, superintendente da Rede de Média e Slta Complexidade da Sesapi, lembrou que os resultados de um trabalho de fortalecimento da vigilância em saúde, impactam diretamente em toda a rede de saúde de um local. “Quando temos uma atenção primária e a vigilância em saúde fortalecidas teremos números cada vez menores de pessoas necessitando dos serviços de média e alta complexidade. É esse resultado que queremos. Recentemente também lançamos o programa ‘Saúde em Dia’, no qual um dos pilares é a ampliação da cobertura vacinal. Então, pedimos a adesão de todos os presentes para atingirmos as metas e até mesmo ultrapassarmos esses resultados, virando assim, mais uma vez, referência no trabalho de imunização dos piauienses”.

Painéis e arboviroses

Para a gerente de Vigilância em Saúde da Sesapi, Ester Miranda, esta ação visa a um passo importante da saúde do estado, permitindo assim que os serviços de saúde do Piauí se baseiem em trabalhos de prevenção e promoção da saúde dos piauienses.

Os novos painéis adicionados ao site da Sesapi são um exemplo, no qual cada município poderá verificar sua atual realidade no que diz respeito aos trabalhos de imunização das suas populações. Identificando déficit ou problemas nessa área, a gestão poderá organizar as melhores estratégias para reverter indicadores negativos.

Já a capacitação sobre as arboviroses visa ao fortalecimento das ações para o enfrentamento de doenças causadas pelo mosquitos Aedes Aegypti, com foco na vigilância, assistência e monitoramento dos casos.

“Fortalecer os trabalhos de acompanhamento dos serviços de vigilância em saúde permitirá a cada um dos nossos municípios identificar, ao analisar seus dados, onde cada gestão pode fortalecer suas ações, traçando assim estratégias mais assertivas para cada realidade”, reforça a gerente.

Para a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, a qualificação das equipes é fundamental para a execução das ações, ampliando a capacidade e a qualidade da resposta a esse cenário epidemiológico de risco. Uma vez que estratégias bem traçadas só podem ser feitas com informações fiéis à realidade.

“Nós estamos apresentando redução de casos de Dengue, Zika e Chikungunya nas últimas semanas, mas ao mesmo passo temos municípios sem nenhuma notificação registrada. Essas informações são essenciais para que a vigilância em saúde do estado não seja deficiente. Então, esperamos que com profissionais capacitados, o estado passe a ter dados que cada vez mais apontem à realidade e permitam às entidades da saúde tomarem medidas eficazes e adequadas à cada situação identificada”, disse a coordenadora.