Após semanas de discussões e atrasos, os vereadores de Teresina finalmente aprovaram uma série de propostas financeiras cruciais para a cidade. Entre elas, estão a autorização para a Prefeitura de Teresina obter um empréstimo de R$ 200 milhões com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e uma operação de crédito de R$ 38 milhões junto à Caixa Econômica Federal.
Além dos empréstimos, a Câmara Municipal também aprovou o projeto do novo Refis, Programa de Recuperação Fiscal, que visa a regularização e renegociação de dívidas com o município. Essas medidas foram aprovadas em duas votações seguidas na manhã de terça-feira (11), com todos os 29 vereadores presentes votando favoravelmente.
O presidente da Casa, Enzo Samuel (PDT), destacou a importância de acompanhar de perto como esses recursos serão utilizados. Ele cobrou que a Prefeitura de Teresina envie informações sobre o planejamento para a aplicação dos recursos obtidos através da operação de crédito. Até o momento, o cronograma de obras não foi repassado ao Legislativo.
“Estamos fazendo a nossa parte, vamos cobrar e fiscalizar. Nós aprovamos o empréstimo e, agora, queremos saber que obras que serão realizadas. E, se não começar [as obras], nós vamos cobrar também. Não é dinheiro dado, é emprestado. Se esse recurso fica parado, há um prejuízo. Quero que haja investimentos para a cidade, que o dinheiro seja realmente aplicado”, declarou Enzo Samuel.
Apesar da resistência inicial e da cobrança por um planejamento mais detalhado, os projetos enviados pela Prefeitura de Teresina foram aprovados, inclusive com votos da oposição. O presidente do Progressistas, Aluísio Sampaio, afirmou: “É mais um crédito que a oposição está dando para essa gestão municipal”.
Antonio José Lira chorou com adiamento
A cúpula da Prefeitura de Teresina esperava que o projeto Refis e as autorizações para os empréstimos fossem aprovados na semana passada. Numa movimentação de última hora, os projetos foram retirados de votação sob a alegação de que não havia quórum na Câmara Municipal para a votação. Entretanto, segundo Antonio José Lira, líder da Prefeitura na Câmara, todos os vereadores estavam na casa.
O fato foi visto como uma manobra do vereeador Enzo Samuel, presidente da Casa. As reações da Prefeitura foram imediatas e surtiram efeito.