Desde que assumiu seu o mandato de presidente da República, Lula e seu partido, o PT, não tem descançado na tarefa de se opor à direita no Brasil. Os ataques à sedes dos Poderes em Brasília no triste 8 de janeiro, uma semana após a esquerda chegar novamente ao poder, se tornaram o combustível necessário para a escalada de oposição.
Com Bolsonaro ausente – o maior líder em votos da direita no país – o navio da direita tem ficado à deriva. Não há uma coordenação de oposição ao PT. A tragédia histórica dos Yanomanis, serviou para endominizar ainda mais o que foi o governo bolsonarista. Claramente o jornalismo se posiciona ao lado das pautas do atual governo. De um lado, a maioria dos grande veículos de comunicação constroem a imagem de um governo Lula redentor, do outro, um a um, muito em razão dos excessos, meio de comunicação que deram voz à direita são silenciados. Não sobraram muitos.
Na última semana, os partidos PP e PL, que deram sustentação e palanque ao ex-presidente Bolsonaro, uniram-se no Senado em torno da candidatura de Rogério Marinho(PL) para a presidência da Casa, formando assim uma frente à expectativas do senador Rodrigo Pacheco (PSD) de ser recondizido.
Há um equilíbrio na Câmara Federal entre esquerda e direita, considerando que muitos dos que foram eleito sob a sombra de Bolsonaro tendem a acompanhar as pautas do governo Lula por interesse ou sobrevivência política, resta para Senado a missão de construir um Poder intependente do Executivo, lá foi onde, não uma direita, mas em tese, a oposição ao PT, elegeu uma maioria.
Bolsonaro está ausente do Brasil e deve enfrentar uma maratona de processos jurídicos fomentado pela tentativa final de liquidar sua trajetória eleitoral. E é evidente que nesse cenário, já há quem se movimente para buscar a militância bolsonarista e convertê-la em votos na próxima eleição. Esse “legado” disputado é suficiente para eleger prefeitos no centro-sul e em algumas cidades da região Norte do país, mas com pouco eficiência entre eleitorado nordestino – dificilmente nos 9 estados do Nordeste esses votos verde-amarelo elegeriam, por exemplo, um prefeito das capitais desses estados. O PT não vai permitir isso.
Todo o levante de informação contra Jair Bolsonaro é uma preparação para varrer qualquer possibilidade de uma vitória da direita na base política do país. Lula, provavelmente, deve conseguir manter sua hegemonia no Nordeste e trabalhar duro para endemonizar ainda mais o bolsonarismo.
Não há santo nesse processo. Apenas o povo, que luta pelo pão nosso de cada dia.