Brasil, 14 de novembro de 2025
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Movimentação de bombardeiros russos gera incertezas após ataques ucranianos

A análise de imagens de satélite indica que a Rússia não deslocou seus bombardeiros nucleares como se especulava.

Recentes operações militares entre Ucrânia e Rússia têm gerado um clima de incerteza quanto à logística dos bombardeiros nucleares russos. Enquanto analistas debatem a possibilidade de que um dos pesados Tu-160 tenha sido realocado, imagens de satélite não confirmam essa movimentação, o que levanta preocupações sobre a segurança e a eficácia das estratégias de defesa aérea da Rússia.

Ataques ucranianos e suas repercussões

No dia 1º de junho, a Ucrânia realizou uma operação coordenada com drones que resultou na destruição de 41 aeronaves de combate russas. Este ataque, que se estendeu através de três fusos horários, teve como alvo bases aéreas estratégicas, o que gerou uma resposta imediata de Moscou. Embora um veículo de mídia ucraniana tenha afirmado que a Rússia deslocou um de seus bombardeiros Tu-160 para a base de Anadyr, no extremo oriente russo, as imagens de satélite da Agência Espacial Europeia não apresentam evidências que corroboram essa informação.

Imagens de satélite e análise militar

De acordo com as imagens capturadas em 26 de maio, antes dos ataques ucranianos, três aeronaves estavam alinhadas na pista da base de Anadyr. Analistas notaram que nenhuma das aeronaves presentes era o icônico e pesado Tu-160. Uma imagem posterior, de 3 de junho, mostrou quatro aeronaves na mesma localização, mas novamente sem evidências da presença do bombardeiro estratégico.

Frank Ledwidge, professor sênior de Direito e Estudos de Guerra na Universidade de Portsmouth, enfatiza que a movimentação de aeronaves é uma prática comum nas forças armadas, talvez não indicando mais do que um “approach sensato para cuidar de seus aviões”. No entanto, segundo Ledwidge, é imperativo que bombardeiros estratégicos sejam mantidos em locais expostos, conforme determina o Tratado New START, que limita o armamento nuclear.

Respostas de especialistas sobre a estratégia russa

Após os ataques ucranianos, é aguardado que a Rússia realize realocações de aeronaves com maior frequência. O ex-Marechal do Ar Greg Bagwell, ex-comandante sênior da Real Força Aérea da Grã-Bretanha, alertou que a resposta de Moscou pode incluir estratégias de desinformação sobre suas capacidades militares.

Embora a capaz ofensiva da Rússia não esteja totalmente comprometida, a operação ucraniana, chamada “Operação Teia de Aranha”, resultou em um dano estimado em $7 bilhões, levantando questões sobre a vulnerabilidade de bases aéreas e a eficácia das táticas de defesa do Kremlin.

O impacto e as declarações políticas

A derrota de Moscou não passou despercebida no cenário político. O presidente dos EUA, Donald Trump, destacou que Vladimir Putin “insistiu fortemente” em que retaliaria os ataques ucranianos. tais declarações e movimentações militares alimentam as tensões entre as potências globais.

Por sua vez, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky elogiou a operação, afirmando que a base onde o ataque foi feito estava “diretamente ao lado” do quartel-general regional do FSB, serviço de segurança da Rússia. Essa situação enfatiza o arrojo da estratégia ucraniana que, em um único dia, causou danos significativos à força aérea russa.

Conclusão: um cenário incerto

Com a multiplicidade de fatores em jogo e a capacidade de resposta da Rússia sob questionamento, o clima de tensão continua a dominar. O deslocamento de bombardeiros, enquanto uma tática estrutural, adiciona outra camada de complexidade a um conflito já intricado e imprevisível. Os próximos dias e semanas poderão revelar muito sobre a eficácia e a resiliência de ambos os países em um cenário militar que está longe de ser resolvido.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, ciente de que cada movimento pode ter implicações significativas, não apenas para os países envolvidos, mas para a segurança global como um todo.

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