Brasil, 9 de março de 2025
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Alerta em SP: Confirmado primeiro caso da nova cepa mpox no Brasil

O estado de São Paulo confirmou o primeiro caso da nova cepa mpox no Brasil, o Clado 1b
Mpox Vírus. Foto: Agência Brasil

Variante Clado 1b já causou surto na África e preocupa autoridades

O estado de São Paulo confirmou o primeiro caso da nova cepa mpox no Brasil, o Clado 1b. A paciente é uma mulher de 29 anos, residente na Região Metropolitana de São Paulo, que não viajou para áreas com surto, mas teve contato com visitantes da República Democrática do Congo (RDC), seu país de origem.

Apesar da gravidade potencial da nova variante, a paciente passa bem e deve receber alta na próxima semana. Segundo o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, o caso está sendo investigado, mas não há motivo para pânico neste momento.

O que sabemos sobre a nova variante da mpox?

O Clado 1b é uma mutação do Clado 1, tradicionalmente mais grave, com taxa de letalidade que pode chegar a 10%. Essa cepa foi detectada em setembro de 2023 e se destaca pela capacidade de transmissão sexual, algo que contribuiu para sua disseminação na África Central e Oriental.

A paciente de São Paulo foi orientada a seguir isolamento de três semanas, mas procurou o Instituto Emílio Ribas devido ao desconforto das lesões. Autoridades de saúde reforçam que a transmissão da mpox exige contato próximo e íntimo, o que inclui toque direto nas lesões ou compartilhamento de roupas de cama.

Onde a nova cepa já foi detectada?

Além do Brasil, 13 países fora da África já registraram casos do Clado 1b:

  • Reino Unido (9 casos)
  • China (7 casos)
  • Alemanha (7 casos)
  • Tailândia (4 casos)
  • Bélgica (2 casos)
  • Estados Unidos (2 casos)
  • Canadá (1 caso)
  • França (1 caso)
  • Índia (1 caso)
  • Omã (1 caso)
  • Paquistão (1 caso)
  • Suécia (1 caso)
  • Emirados Árabes Unidos (1 caso)

Na África, o Clado 1b já tem transmissão comunitária em RDC, Burundi, Quênia, Ruanda, Uganda e Zâmbia. Casos importados também foram relatados no Zimbábue, e há suspeitas de circulação na Tanzânia.

Quais são os sintomas da mpox?

Os sintomas iniciais da mpox incluem:
Febre e calafrios
Dores musculares e fadiga
Linfonodos inchados
Erupções cutâneas (lesões e bolhas), que começam no rosto e se espalham pelo corpo

Os sintomas aparecem entre 6 e 13 dias após a infecção, podendo levar até três semanas para se manifestarem. Na maioria dos casos, a doença desaparece sozinha em duas a três semanas.

Como a mpox é transmitida?

A mpox pode ser transmitida por:
Contato físico direto com uma pessoa infectada
Materiais contaminados (roupas, roupas de cama, toalhas)
Contato com animais infectados
Relações sexuais (forma que permitiu maior disseminação global)

A OMS alerta que a transmissão sexual tem sido o principal fator de propagação do Clado 1b na RDC, onde o surto segue fora de controle.

O Brasil corre risco de um surto?

Até o momento, não há sinais de alta transmissão no Brasil. O diretor do Instituto Emílio Ribas, Luiz Carlos Pereira Júnior, afirmou que a vigilância epidemiológica brasileira é experiente e que os primeiros casos no mundo foram bem controlados.

Entretanto, a OMS mantém a emergência global para a mpox devido ao aumento dos casos e à expansão da doença.

Se apresentar sintomas, procure uma Unidade Básica de Saúde para testagem e tratamento.


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